O Brasil tem cerca de 6,6 mil médicos urologistas, segundo dados compilados na pesquisa Demografia Médica 2023, feita pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e pela Associação Médica Brasileira (AMB).
Ao contrário do que muitos pensam, os profissionais dessa especialidade não se resumem a cuidar apenas de questões como disfunções sexuais masculinas ou câncer de próstata. Na verdade, trata-se de uma área bastante abrangente, explica o médico urologista Flávio Iizuka.
“A urologia é uma especialidade vasta que trata de condições médicas relacionadas ao trato urinário tanto em homens quanto em mulheres, além do sistema reprodutor masculino. Isso inclui doenças como infecções urinárias, as ISTs [infecções sexualmente transmissíveis], câncer de bexiga, a incontinência urinária e as pedras nos rins”, afirma o médico.
De acordo com o Dr. Flávio Iizuka, as malformações urinárias e genitais masculinas congênitas são muito comuns. Em frequência, perdem apenas para as cardiológicas, o que faz da urologia uma especialidade muito requisitada para tratamento de doenças como a fimose, hipospádia, estenose de JUP e refluxo vesicoureteral, diz.
O urologista cita a ocorrência do papiloma vírus humano (HPV), cuja infecção na genital atinge 54,4% das mulheres que já iniciaram a vida sexual e 41,6% dos homens. Os dados são de uma pesquisa nacional encomendada pelo Ministério da Saúde.
Principais tratamentos no Brasil
Em homens, os tratamentos mais comuns na urologia incluem o manejo do aumento benigno da próstata, tratamentos para câncer de próstata e procedimentos para disfunção erétil e vasectomia.
“Existe muita procura para tratamento clínico de ejaculação precoce e disfunção erétil na fase que antecede os procedimentos cirúrgicos, como de implante de próteses penianas”, acrescenta Dr. Flávio Iizuka.
Já no caso das mulheres, o especialista explica que “os tratamentos frequentemente buscados envolvem o manejo de incontinência urinária, distúrbios de imunidade que causam doenças autoimunes como a cistite intersticial e infecções do trato urinário recorrentes”.
Dr. Flávio Iizuka chama a atenção para uma condição que merece uma atenção especial de ambos os sexos: o câncer de bexiga. A doença levou a óbito mais de 800 mil pessoas no mundo e mais de 19 mil no Brasil de 2019 a 2022, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia.
“A prevenção de doenças como câncer de próstata e de bexiga inclui conscientização sobre fatores de risco, importância do rastreamento precoce e adesão a um estilo de vida saudável. Além disso, tratamentos inovadores como terapias-alvo e imunoterapias estão transformando o prognóstico dessas condições”, diz Dr. Flávio Iizuka.
Novas tecnologias
Na visão do médico, as novas tecnologias desempenham um papel essencial no tratamento dessas e de outras doenças relacionadas ao campo da urologia. O destaque fica por conta da robótica e da telemedicina.
“Procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, como a cirurgia robótica, permitem recuperações mais rápidas e menos dolorosas. Existem avanços no tratamento cirúrgico de hiperplasia prostática benigna [crescimento da próstata], como o Rezum e Urolift [nome dado a dois procedimentos médicos]”, afirma o especialista.
Outros avanços recentes ajudam na preservação da ejaculação anterógrada, no tratamento de próstata de grande volume e de pedras nos rins.
Sobre esse último caso, o médico explica que “novos equipamentos de Thulium laser superpulsado permitem um controle mais fino e uma desintegração mais eficiente das pedras duras e complexas do trato urinário”.
Dr. Flávio Iizuka menciona ainda inovações como o mapeamento genético. Essa abordagem, como o próprio nome diz, analisa o genoma do paciente e pode ajudar a identificar uma maior propensão a certos tipos de doenças, o que pode facilitar diagnósticos mais precisos e tratamentos personalizados, pontua.
“É importante destacar também o crescente foco no tratamento multidisciplinar na urologia, integrando nutrição, fisioterapia e psicologia para uma abordagem mais holística do paciente. Além disso, a contínua pesquisa e desenvolvimento em novos medicamentos e técnicas cirúrgicas estão constantemente ampliando as opções de tratamento disponíveis”, finaliza Dr. Flávio Iizuka.
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