De acordo com dados da plataforma Spotify, a música sertaneja consolidou-se como o gênero mais popular no Brasil na última década. No balanço de dez anos, o ranking dos 10 álbuns mais ouvidos tem o sertanejo em nove posições, segundo levantamento do streaming.

A dupla Bruno Cássio e Alexandre, indicada na categoria "Experimente" do Prêmio Multishow 2015, continua em evidência no cenário musical e pontua que os dados trazidos pelo Spotify são muito importantes para o segmento musical, que, de acordo com eles, por muito tempo sofreu preconceito.

“Esse reconhecimento é um motivo de muito orgulho para nós, que há anos acreditamos no sertanejo e hoje vemos os mais jovens colhendo frutos desse trabalho", comenta Alexandre. Eles atribuem essa longevidade à capacidade de adaptação e inovação dentro do gênero. "O sertanejo evoluiu ao incorporar elementos de outros estilos, o que nos permitiu alcançar um público mais amplo sem perder nossa essência", afirma Bruno Cássio.

Para Bruno, o sucesso do sertanejo também se deve à maneira como ele reflete a sociedade brasileira. As letras abordam desde temas universais, como o amor e a saudade, até questões contemporâneas, como o empoderamento feminino e as mudanças nas relações sociais. "As pessoas se identificam com o sertanejo porque ele fala a língua delas, embora antes fosse mais restrita ao campo. Hoje essa música traduz sentimentos e histórias que são comuns a todos os brasileiros", acrescenta.

Por participarem frequentemente de festivais e shows sertanejos, Bruno Cássio e Alexandre acreditam que esses eventos também têm um papel fundamental na manutenção do gênero como o mais ouvido do país. "Quando estamos no palco, é uma troca de energia incrível. É ali que percebemos o quanto o sertanejo une as pessoas e cria memórias inesquecíveis", diz Alexandre.

Para o futuro, a dupla aposta na expansão do sertanejo para mercados internacionais. "Vemos artistas brasileiros ganhando espaço lá fora, e o sertanejo tem potencial para seguir esse caminho. Queremos levar a nossa música para além das fronteiras do Brasil", compartilha Bruno, otimista com as possibilidades que o gênero ainda pode alcançar.



compartilhe