A onda de calor que vai se estender até a metade da próxima semana pode levar a recordes de temperaturas no país. Isso porque algumas cidades brasileiras podem registrar máxima superior a 40ºC. Em alguns pontos das regiões Centro-Oeste e Sudeste, há a possibilidade dos termômetros registrarem calor acima de 45 ºC.
Segundo a empresa MetSul, a maior temperatura registrada oficialmente até hoje no país foi de 44,8°C, em Nova Maringá, Mato Grosso, nos dias 4 e 5 de novembro de 2020. Esse recorde pode ser batido nessa semana. Alguns dos fatores que influenciam essa onda de calor é o fenômeno climático El Niño e a emissão de gases de efeito estufa.
Em algumas cidades de São Paulo, as temperaturas vão variar de 40ºC a 45ºC. Na capital paulista, os termômetros ficarão na casa acima dos 30ºC.
Onda de calor: Minas deve ter máximas acima de 40ºC neste domingo (12/11)
Minas Gerais possivelmente terá a semana mais quente em mais de um século. "Em pontos do estado, como no Noroeste, os termômetros podem marcar 43ºC a 45ºC, e isoladamente até mais", diz a Metsul.
Nos estados do Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás os termômetros também variam entre 40ºC a 46ºC.
El Niño
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) alertou, nesta quarta-feira (8/11), que o fenômeno climático El Niño deve durar até, pelo menos, abril de 2024 e contribuir para um novo aumento de temperaturas em várias partes do mundo. O próximo ano pode ser ainda mais quente do 2023 e algumas regiões serão impactadas por eventos extremos, como ondas de calor, chuvas fortes e incêndios florestais.
"Os impactos do El Niño na temperatura global ocorrem normalmente no ano seguinte ao seu desenvolvimento, neste caso em 2024. Mas como resultado das temperaturas recordes da terra e da superfície do mar desde junho, o ano de 2023 está agora no caminho certo para ser o ano mais quente registrado. O próximo ano pode ser ainda mais quente. Isto deve-se clara e inequivocamente à contribuição das crescentes concentrações de gases com efeito de estufa que retêm o calor provenientes das atividades humanas”, explicou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.