A advogada Amanda Partata, principal suspeita na morte por envenenamento do ex-sogro, Leonardo Pereira Alves, e da mãe dele, Luzia Alves, teria abraçado o homem minutos antes de envenená-lo. Um vídeo, divulgado pela Polícia Civil de Goiás, mostra a interação entre os dois.
O delegado do caso, Carlos Alfama, afirmou em coletiva de imprensa que Amanda teria comprado vários alimentos para o café da manhã no dia do crime e uma orquídea para dar para a avó do ex-namorado. Quando chegou na casa, foi recebida por Leonardo, seu ex-sogro, com um abraço e entregou para ele os itens adquiridos.
Amanda foi recebida na casa por volta das 9h16 e permaneceu lá até as 12h. O marido de Luzia teria inclusive tirado uma foto de Amanda na mesa de café da manhã.
No dia em que foi presa, Amanda negou o crime aos policiais e ficou nervosa quando o delegado pediu o celular dela. No segundo interrogatório, a advogada ficou em silêncio e não demostrou arrependimento, segundo o investigador.
Autoria do crime
A polícia confirmou que Amanda seria a autora do crime quando comprovou que a advogada era a criadora dos perfis em redes sociais que ameaçavam o ex-namorado dela, filho e neto de Leonardo e Luzia, respectivamente. Além disso, a polícia comprovou, por meio de quebra de sigilo fiscal, que ela comprou o veneno usado para os homicídios, uma semana antes do crime, pela internet.
Mensagens de Amanda com o ex-namorado na data em que ela comprou o veneno, em 8 de dezembro, mostram a motivação para o crime: sentimento de rejeição após o fim do relacionamento e vontade de causar maior sofrimento possível ao ex-namorado.
Nas mensagens divulgadas pela polícia, ela questiona o ex sobre qual seria o maior medo dele e quando ele afirmou que seria "morrer", Amanda o questionou se teria "mais medo de morrer do que perder (no sentido morrer) quem você ama?".
Amanda responderá pelos crimes de duplo homicídio e tentativa de homicídio.