A sensação de segurança nos domicílios e bairros brasileiros varia de acordo com gênero e raça. O dado divulgado nesta quarta-feira (6/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) faz parte da Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira.

Segundo o levantamento realizado em 2021, as mulheres pretas ou pardas estão entre o grupo que mais se sente inseguro seja dentro de casa ou nas imediações da residência. Homens brancos estão no oposto deste espectro.

Dados coletados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) mostram que, dentro dos domicílios, 7,7% dos homens brancos se disseram inseguros ou muito inseguros, sensação compartilhada entre 10,2% dos homens pretos ou pardos; 9,1% das mulheres brancas; e 13,3% das mulheres pretas ou pardas.



Já em relação aos arredores das casas, 20,9% dos homens brancos afirmaram se sentir inseguros ou muito inseguros nos bairros onde moram. O número sobe para 25,7% entre homens pretos ou pardos; para 26,1% entre mulheres brancas/ e 32,3% entre mulheres pretas ou pardas.

De uma forma geral, poucos brasileiros se disseram sentir muito seguros nos bairros, apenas 12,9% entre as pessoas de mais de 15 anos de idade, recorte etário utilizado para toda a pesquisa. A sensação de estar ‘seguro’ foi relatada por 60% dos moradores do país.

Sensação de insegurança cresce entre mulheres tanto nos domicílios como nos bairros

Soraia Piva/EM/D.A. Press

Em relação à faixa etária, há pouca variação nas respostas sobre sensação de segurança. A pesquisa aponta que 90,4% dos brasileiros que têm entre 15 e 29 anos de idade se sentem seguros ou muito seguros em casa; entre pessoas com 30 a 59 anos o percentual cai para 89%; e sobe para 89,5% no grupo com mais de 60 anos.

No bairro, 72% das pessoas de 15 a 29 anos se sentem seguras ou muito seguras. O índice vai a 72,3% para quem tem entre 30 e 59 anos de idade e vai a 75,7% no grupo com mais de 60 anos.

A Síntese de Indicadores Sociais reúne dados obtidos através da PNAD Contínua e do Sistema de Contas Nacionais do Brasil (SCN), ambos sob responsabilidade do IBGE. O levantamento também conta com fontes externas como o Censo Escolar da Educação Básica; o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), a cargo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), vinculado ao Ministério da Educação.

compartilhe