A Justiça do Rio de Janeiro manteve neste domingo (21) a prisão do cubano Alejandro Triana Prevez, de 30 anos, suspeito de matar o galerista norte-americano Brent Sikkema. O suspeito nega ter relação com o crime e diz que sequer conhecia a vítima.
Suspeito foi preso na quinta-feira (18). Ele tinha um mandado de prisão em aberto e foi detido na madrugada de quinta (18) entre as cidades mineiras de Uberaba e Uberlândia. Alejandro foi transferido e chegou ao Rio na noite de sexta-feira (19). A audiência de custódia, para saber se houve irregularidades na prisão do cubano, ocorreu neste domingo (21).
O cubano diz que foi agredido por policiais ao ser detido. Alejandro alegou à justiça do Rio de Janeiro que foi agredido com golpes no braço e no pescoço por policiais rodoviários e agentes da Polícia Especializada ao ser preso em Minas Gerais.
Não há testemunhas das agressões, diz cubano. O suspeito ainda comentou que as agressões ocorreram em um posto de gasolina e informou as características de um dos supostos agressores, que teria o conduzido para a delegacia em Minas Gerais. Alejandro disse ter ficado com marca das agressões e narrou o caso na primeira audiência de custódia, em MG. Ele ainda afirmou que fez exame de corpo de delito no estado.
Suspeito deverá passar por novo exame de corpo de delito. A juíza Priscilla Macuco Ferreira apontou que a informação do exame realizado pelo cubano em Minas Gerais não consta nos autos do processo e determinou que ele faça novos exames no Instituto Médico Legal. Os autos do processo também deverão ser compartilhados com o Consulado de Cuba e uma auditoria militar, decidiu a magistrada.
A reportagem tenta contato com a Defensoria Pública, responsável pela defesa de Alejandro na audiência de custódia. A matéria será atualizada tão logo haja manifestação.
Suspeito nega o crime
Suspeito disse "não" ao ser questionado se matou galerista. Ao chegar na delegacia na noite de sexta-feira (19), em resposta a jornalistas, Alejandro também respondeu "não" ao ser perguntado se conhecia o galerista. Um vídeo com as respostas dadas após deixar a viatura escoltado por policiais foi veiculado pelo jornal "O Globo".
"Me culparam. Porque não sei nada o que está acontecendo", diz suspeito. O homem também foi questionado se foi encontrado sangue no carro e na casa ele, mas respondeu: "Não fiz nada. Eu não sei".