O Boticário reproduz cheiro original da Baía de Guanabara em fragrância que endossa urgência de debates sobre áreas naturais ameaçadas -  (crédito: Divulgação/ O'Boticário)

O Boticário reproduz cheiro original da Baía de Guanabara em fragrância que endossa urgência de debates sobre áreas naturais ameaçadas

crédito: Divulgação/ O'Boticário

O’Boticário produziu uma fragrância com um aroma que está deixando de existir por conta da poluição, de uma área preservada da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. A iniciativa faz parte de uma campanha promovida pelo Projeto Extinto, cujo objetivo é ampliar a conscientização sobre o descarte de resíduos sólidos e a preservação ambiental.

De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o Brasil recicla apenas 4% de todo o lixo descartado diariamente. Esse cenário foi o ponto de partida para levantar o debate sobre a necessidade de regeneração da segunda maior baía em extensão (380 km²) do litoral do Brasil, e que recebe 98 toneladas de lixo por dia, segundo a Abrelpe.

Batizada de 'Extinto", a fragrância, que não será comercializada, foi produzida em parceria com a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza (FGB), que já faz um trabalho de preservação na região da Baía desde 2021. O projeto lançará, ainda este ano, produtos inspirados nos cheiros de outras paisagens ao redor do mundo que são ameaçadas pela poluição, como Calábria (Europa), Ilha de Madagascar (África), Nova Delhi (Índia) e Camberra (Oceania).

“O risco de que a Baía de Guanabara, que traz uma biodiversidade valiosíssima para a nossa existência, não se regenere por conta da poluição e geração de resíduos é real e assustador”, afirma a diretora-executiva de Branding e Comunicação do Grupo Boticário, Marcela de Masi.

Leia também: Homem queima 40% do corpo da namorada e é preso

 

Criação da fragrância

Para desenvolver a fragrância sem extrair nenhuma matéria-prima da área preservada da baía, os perfumistas viajaram até o Recôncavo da Guanabara e captaram, por meio da tecnologia Headspace, amostras das moléculas aromáticas do ambiente. A partir de análises, eles realizaram a leitura dos elementos originais, os quais não podem ser encontrados fora da área preservada.

O desenvolvimento e pesquisa para chegar à reprodução fiel do cheiro levou cerca de seis meses. Com com notas que expressam o frescor das águas e o verde das florestas, o produto é vegano e composto por 93% de ingredientes de origem natural, rastreáveis e orgânicos.

*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa