A vaquinha para arrecadar fundos para o tratamento médico do pequeno Pedro, de 5 anos, filho do indigenista Bruno Pereira e da viúva Beatriz de Almeida Matos, já passou de R$ 1,5 milhões. Beatriz lançou a campanha para custear o enfrentamento de um câncer agressivo detectado no menino no ano passado. Pedro foi diagnosticado com neuroblastoma grau quatro, um dos tumores mais raros e malignos da infância e a família precisa arrecadar R$ 2 milhões para o tratamento com uma medicação cara, que não é fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e precisa ser importada.

“Aos cinco anos, depois de cinco meses fazendo quimioterapia em hospital público, a luta do Pedro é para que o câncer não se espalhe. Isso pode ser evitado com um medicamento caríssimo (betadinutuximabe), que tem que ser importado e não é oferecido pelo SUS”, diz o texto da campanha de arrecadação. As doações podem ser feitas via cartão ou por Pix.



O medicamento que a família precisa adquirir é novo no mercado e, no Brasil, sua venda foi regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril de 2021. Segundo a Anvisa, ele é usado especialmente para o tratamento do neuroblastoma, “uma doença principalmente pediátrica que atualmente representa a terceira forma mais comum de câncer infantil, depois da leucemia e tumores cerebrais, e é o tumor sólido extracraniano mais comum dentre a população pediátrica, representando 8% a 10% de todos os tumores infantis”.

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Bruno Pereira foi assassinado em junho de 2022, juntamente com o jornalista britânico Dom Phillips, no Vale do Javari, no Amazonas, crime que causou grande comoção no Brasil e fora do país. Com a cura do garoto, eventual valor remanescente será destinado a famílias que precisam do remédio, ao Hospital da Criança de Brasília/DF ou outra instituição.“Colabore como puder, Pedro é filho do Bruno, Pedro é filho da Beatriz. Pedro é nosso filho. É filho do Brasil. Salve Pedro”, finaliza o texto do pedido de doação.

Com informações de Alessandra Mello

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