Nas primeiras semanas de 2024, o Brasil registrou 217.481 casos de dengue, de acordo com informações atualizadas do Ministério da Saúde. O índice é mais que o triplo dos casos registrados no mesmo período de 2023: 65.336.

Em todo o ano passado, foram contabilizadas 41 mortes pela doença. O primeiro mês de 2024 ainda não acabou, e o governo já registrou 15 mortes em todo o país — três delas no Distrito Federal.



O número de óbitos e casos, porém, pode ser ainda maior. Na plataforma do Ministério da Saúde, o número de casos do Distrito Federal consta como 29.138, com três óbitos. Porém, a secretária de saúde do DF, Lucilene Florêncio, disse com exclusividade ao Correio que, até o momento, são 29.490 casos confirmados da doença e seis mortes. À reportagem, o Ministério da Saúde informou que os dados presentes no Painel de Monitoramento de Arboviroses são fornecidos pelos gestores, e é necessário um certo tempo para que as informações sejam atualizadas na plataforma.

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A dengue tem aumentado no país devido à combinação entre calor excessivo e chuvas intensas (possíveis efeitos do El Niño) e o ressurgimento dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no Brasil, conforme o Ministério da Saúde.

O Distrito Federal é um centro de destaque da epidemia. Entre 31 de dezembro de 2023 a 6 de janeiro de 2024, por exemplo, foram registrados 2.152 casos prováveis de dengue no Brasil. Desses, 95,4% foram em pessoas residentes no DF.

Os principais sintomas da doença são febre, dores nas articulações, manchas vermelhas pelo corpo, vômitos e diarreia. A diferença dos sintomas da dengue e da chikungunya, também transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, é que a dor muscular causada pela chikungunya costuma ser incapacitante, enquanto a da dengue, não.

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