A Arquidiocese de São Paulo abriu uma uma investigação para apurar um suposto abuso sexual envolvendo o padre Júlio Lancellotti. Em comunicado divulgado na segunda-feira (5/2), a entidade religiosa disse que "busca a verdade", "distante de interesses ideológicos e políticos, com serenidade e objetividade".
"A recente divulgação de laudos periciais com resultados contraditórios e a notícia de um suposto novo fato de abuso sexual envolvendo o referido sacerdote requerem uma nova investigação da parte da Arquidiocese para a busca da verdade", afirmou a Arquidiocese de São Paulo.
Em resposta, o padre Júlio Lancellotti disse que recebeu a nota da Arquidiocese com serenidade e paz de espírito. "Esclareço que as imputações surgidas recentemente, assim como aquelas lançadas no passado, são completamente falsas, inverídicas e tenho fé que as apurações conduzidas pela Arquidiocese esclarecerão a verdade dos fatos", disse o religioso, que é coordenador da Pastoral do Povo de Rua de São Paulo.
"As acusações estão imbricadas em uma rede de desinformação, que mascara eventuais interesses de setores do poder político e econômico em ceifar aquilo que é o sentido do meu sacerdócio: a luta pelos desamparados e pelo povo de rua. Sigo, de maneira inabalada, a esperança de um futuro que extirpe o ódio aos pobres das nossas ruas e dos nossos corações”, acrescentou o padre Lancellotti.
O religioso também é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Câmara de São Paulo, que tem o objetivo de investigar as ONGs que atuam no centro de São Paulo, na cracolândia, e as atividades do pároco. Pelo menos oito vereadores que assinaram o requerimento do vereador Paulo Rubinho Nunes (União) para abertura da CPI retiraram o apoio.