O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, recebe o cargo do antecessor na pasta, Flávio Dino, em cerimônia no Salão Negro do ministério.     -  (crédito:  Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, recebe o cargo do antecessor na pasta, Flávio Dino, em cerimônia no Salão Negro do ministério.

crédito: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, autorizou nesta segunda-feira (19/2) o uso da Força Nacional para ajudar na busca pelos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). O reforço vai contar com 100 homens e 20 viaturas para a região.

 

 

A medida ocorreu após um pedido do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos, com anuência da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT). Eles vão se juntar às 500 pessoas que estão atuando na busca dos dois homens que fugiram da penitenciária na semana passada. São agentes da PF, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e das forças locais.

 

Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento e estavam na unidade prisional de segurança máxima desde setembro de 2023. Eles são ligados à facção criminosa Comando Vermelho. Essa é a primeira fuga registrada no Sistema Penitenciário Federal

 

Uma imagem divulgada na semana passada mostrou um buraco na cela de um dos dois detentos que fugiram do presídio. Eles respondem a mais de 30 processos de homicídio, roubo, tráfico de drogas e organização criminosa. Eles foram transferidos para Mossoró após participarem de uma rebelião em um presídio em Rio Branco (AC), que resultou na morte de cinco detentos, três deles decapitados.

 

Buraco em mossoró
Imagem divulgada ontem mostra um buraco na cela de um dos detentos que escaparam (foto: Reprodução)

 

O Ministério da Justiça também anunciou uma recompensa de R$ 10 mil a quem passar informação correta para encontrar os dois criminosos. No domingo (18), durante coletiva de imprensa, Lewandowski afirmou que não há prazo para captura dos presos e que "possíveis falhas do presídio já estão sendo corrigidas para garantir a segurança máxima do local".

 

"O terreno é complexo, coberto por mata, em uma zona rural e com uma área extensa. Além de ter rodovias, existem vias e pequenas estradas. O local tem casas esparsas. É um trabalho de busca complexo", disse o ministro.