A Polícia Federal (PF) divulgou um novo relatório sobre a Operação Hinsberg, que investigava o influenciador fitness Renato Cariani, no qual mostra que o influenciador, em 2017, teria usado o nome de crianças para comprar hormônios de crescimento.
Renato teria se associado a uma amiga identificada como Elen Couto a fim de conseguir receitas médicas e descontos para a compra de Norditropin, mais conhecido como 'GH'. A PF levantou a hipótese de que as receitas enviadas por Cariani a Elen poderiam ter uma finalidade diferente do tratamento hormonal infantil, especialmente após Elen admitir que utilizou dados de alunos para o cadastro.
Em uma conversa obtida pela PF é possível ver Cariani pedindo dados de crianças e seus pais para a compra do medicamento. A amiga, então, se prontifica a cadastrar os nomes para que o influencer consiga comprar os medicamentos com desconto.
As conversas entre a dupla para comprar hormônios não eram o objeto da investigação federal sobre o desvio de produtos químicos. A PF aponta que os diálogos reforçam a relação dos dois, uma vez que Elen também já trabalhou na Anidrol Produtos para Laboratórios, empresa do influenciador investigado.
Na sexta-feira (16/2), a Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo, o que tornou o influenciador réu no processo que é acusado de tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro.
Além de Cariani, outras quatro pessoas responderão na justiça pelos mesmos crimes.