Após dois presos fugirem da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, na quarta-feira (14/2), a Secretaria Nacional de Políticas Penais determinou a suspensão de banhos de sol dos detentos, das visitas sociais e de advogados, além de atividades de assistência educacional, laboral ou religiosa nas cinco unidades prisionais de segurança máxima do Brasil. A medida foi determinada por portaria publicada nesta quarta-feira (14/2), que o Correio Braziliense teve acesso.

 

Além de Mossoró, o Brasil tem mais quatro presídios de segurança máxima em Brasília, Campo Grande, Catanduvas (SC) e Porto Velho. A fuga de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foi a primeira registrada em presídios federais e acendeu um alerta por ter ocorrido em uma unidade de segurança máxima.

 



 

Após a fuga inédita do Sistema Penitenciário Federal, o ministro da Justiça e Segurança Pública Ricardo Lewandowski afastou a direção da Penitenciária Federal em Mossoró e escalou um interventor para comandar a gestão da unidade. O ministro também determinou a ida do secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, a Mossoró, acompanhado de uma equipe de seis servidores, para a apuração presencial dos fatos e a tomada das ações cabíveis no âmbito administrativo.

 

Além disso, Lewandowski acionou a direção-geral da Polícia Federal para a abertura de investigações e o deslocamento de uma equipe de peritos ao local, com o intuito de apurar responsabilidades e de atuar na recaptura dos dois fugitivos. A ação já conta com o engajamento de mais de 100 agentes federais.

 

Os presídios de segurança máxima possuem métodos de vigilância rigorosos. As visitas aos presos são monitoradas e todas as vezes que o detento deixa o dormitório é realizado procedimento de revista nele e na cela. Além disso, também há o impedimento da entrada de itens proibidos ou entregues por terceiros, como alimentação e vestuário.

compartilhe