SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Carrefour foi condenado a pagar R$ 15 mil a uma funcionária demitida após ela alegar ter sido vítima de racismo de um colega de trabalho, no ano passado. 

A funcionária teria sido demitida "logo após ameaçar processo". Nas atas do processo, está registrado que a ex-funcionária disse que sofria perseguições constantes da agressora, que envolviam injúria racial. Ela teria comunicado isso aos seus supervisores, que disseram que a agressora "era assim mesmo". Segundo a funcionária, ela foi demitida sem justa causa logo após ameaçar processar a mulher. 

Em nota, o Carrefour informou que desligou a mulher denunciada por injúria racial após um processo de apuração. "Ressaltamos que temos protocolos e processos contra qualquer tipo de discriminação assim como canais de denúncia ativos".



 

Sobre a funcionária que denunciou o racismo, a empresa diz que ela "teve seu contrato encerrado por performance". 

A condenação tem "caráter pedagógico", escreveu juíza. A magistrada Sandra dos Santos Brasil escreveu que a condenação contra o Carrefour tem "caráter pedagógico", e que "deve funcionar como elemento inibitório de novas lesões". Além disso, Santos Brasil considerou que a empresa tem responsabilidade pelas ações da empregada que realizou injúria racial contra a vítima. 

LEIA NOTA DO CARREFOUR NA ÍNTEGRA 

"Repudiamos veementemente qualquer tipo de discriminação. A pessoa denunciada por injúria racial foi desligada logo após o processo de apuração. 

A profissional reclamante na justiça teve seu contrato encerrado por performance e ao fim do período de experiência. Houve acordo, razão pela qual não recorreremos da decisão. 

Ressaltamos que temos protocolos e processos contra qualquer tipo de discriminação, que são tratados em periódicos treinamentos, assim como canais de denúncia ativos, como o acionado pela reclamante na justiça."

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