O policial militar do Distrito Federal (DF) da reserva Jefferson José da Silva, acusado de matar o soldado do Comando de Operações das Divisas (COD) da Polícia Militar de Goiás (PMGO) Diego Purcina, teve a prisão dele convertida em preventiva neste domingo (3/3).
Na audiência de custódia, a defesa de Jefferson José alegou que o policial teria agido em legítima defesa. “A perda de uma vida é sempre algo muito trágico, no entanto, o autuado, após observar que seu amigo era agredido, se deslocou ao local da confusão para separar a briga”, disse a advogada Kelly Moreira. “Neste momento, foi jogado ao chão, brutalmente agredido por mais de uma pessoa, inclusive pela vítima, e para salvar sua vida, precisou tirar sua arma da cintura e efetuar um disparo”, acrescentou.
A advogada ressaltou que o militar aposentado ainda dispunha de considerada quantidade de munições na arma. “Contudo, ele não fez uso das mesmas. Fica evidente que, caso ele quisesse atirar de imediato na vítima ou em qualquer outro que estivesse no local, teria ido (até a confusão) com a arma em punho, o que não aconteceu”, argumentou Kelly.
Na decisão, à qual o Correio Braziliense teve acesso, o juiz Neto Azevedo afirmou que a prisão preventiva foi justificada pelo fato de que Jefferson José teria ameaçado testemunhas. “A liberdade provisória do autuado coloca em risco não apenas a instrução processual, como testemunhas do fato, inclusive, segundo consta, agredida pelo suposto autor do fato, o que justifica a decretação da sua prisão preventiva”, reforçou o magistrado.
Morte
Segundo as investigações, na noite desse sábado (2/3), Purcina estava em um bar acompanhado de amigos e familiares, quando tentou intervir nas agressões de um homem contra uma mulher no estabelecimento, no Novo Gama (GO), no Entorno de Goiás.
O PM Jefferson, que é amigo do agressor, não gostou da atitude e partiu para cima do soldado, chegando a efetuar um disparo de arma de fogo contra o militar de Goiás. O PM do DF foi preso em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil. O caso é investigado pela Polícia Civil do Estado de Goiás. Diego Purcina deixa a mulher e um filho.