O Brasil está no pódio que aponta as pessoas mais velhas do mundo, organizado e verificado pelo Grupo de Pesquisa Internacional em Gerontologia, com a freira Inah Canabarro Lucas.
Natural de Porto Alegre (RS), a mulher nasceu em junho de 1908 e está com 115 anos. Ela também é apontada pela instituição como a freira mais velha do mundo. Atualmente, ela mora em Porto Alegre na Casa de Acolhida Santo Enrique de Ossó, que também abarca a Casa Provincial das Irmãs Teresianas do Brasil.
Quem vê a freira esbanjando vida não imagina que quando era pequena, por ser extremamente magra, muitos falaram para os pais dela, João Lucas e Mariana Canabarro, que ela não passaria dos sete anos.
Inah resistiu e aos 20 anos se mudou para Montevidéu, no Uruguai, e, mais tarde, se tornou freira. Dois anos depois voltou ao Brasil e começou a ensinar português e matemática, sem largar a fé. De lá para cá, a freira vivenciou mudanças no mundo, como duas guerras mundiais, a ascensão de 10 papas e picos de doenças, como a covid-19.
A pandemia do coronavírus, inclusive, foi sentida na pele por Inah. Ela contraiu a doença em outubro de 2022, quando estava hospitalizada, mas conseguiu se recuperar um mês após. Ela estava vacinada contra o novo coronavírus desde janeiro de 2021, quando foi uma das pessoas mais velhas a tomar o imunizante.
Em entrevista ao portal de notícias católica ACI Digital, Inah contou que o “segredão” dela é rezar. “Meu segredo, meu segredão, é rezar. Rezo o terço todos os dias por todas as pessoas do mundo inteiro”, disse ao portal. A equipe que foi ao local contou que a freira é bem-humorada e alegre e compartilhou imagens em que ela sorri.
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“Ela é uma pessoa tão resiliente, não exige nada, tudo agradece, tudo ela acha que está bem, tem uma admiração enorme pela congregação, pela companhia. Ela reza por todo mundo, se preocupa com todas”, conta a irmã Lúcia Ignez, coordenadora da Casa de Acolhida Santo Enrique de Ossó, que fica junto à Casa Provincial das Irmãs Teresianas do Brasil.
Inah também é a pessoa viva mais velha da América do Sul e da América Latina. Ela foi homenageada pelo Grupo de Pesquisa em Gerontologia com uma placa oficial que reconhece Inah como a pessoa mais velha da América do Sul no aniversário dela de 115 anos, em junho de 2023.
“De acordo com a pesquisa do GRG, ela é a quinta supercentenária na América do Sul a atingir a idade de 115 anos, depois de Maria Capovilla do Equador (1889–2006), Francisca Celsa dos Santos do Brasil (1904–2021), Antonia da Santa Cruz do Brasil (1905–2022) e Casilda Benegas de Gallego do Paraguai/Argentina (1907–2022)”, diz o site da instituição.