A Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que afastou das ruas os dois agentes que foram filmados cantando parabéns para um miliciano, que estava internado em um hospital na zona oeste da capital.

 

Corporação instaurou procedimento administrativo disciplinar. Medidas foram tomadas após gravação circular nas redes sociais e vão apurar a conduta dos dois militares e afirmou não compactuar com eventuais crimes cometidos pelos agentes, que serão "punidos com rigor".

 



 

"O comando da corporação não compactua com desvios de conduta ou crimes praticados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos", informou a Polícia Militar do Rio de Janeiro, em nota.

 

Os agentes prestaram depoimento na segunda-feira (11). Eles foram identificados como terceiro sargento Nilson Oliveira da Silva Júnior e primeiro-sargento William da Silva Lima, lotados no batalhão de Santa Cruz e incumbidos de vigiar os presos feridos após uma operação da polícia.

 

Nilson é quem puxa o coro de parabéns para o miliciano Jean Arruda da Silva, que está algemado na cama e com uma das mãos enfaixadas. A festa improvisada contou com bolo e refrigerante e o policial chega a fazer piada com a situação do aniversariante, ao mandá-lo "bater palma". O quarto também tinha outros dois presos sob custódia, acusados de integrar a mesma milícia que Jean.

 

Jean e mais dois suspeitos foram hospitalizados após terem sido baleados. Eles foram presos com mais suspeitos de integrarem o "bonde" da milícia, do grupo de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, durante operação ocorrida em 7 de março.

 

O UOL não conseguiu localizar as defesas dos militares para pedir posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.

 

OPERAÇÃO PRENDEU 15 MILICIANOS

 

A Polícia Rodoviária Federal interceptou um grupo de milicianos na madrugada de quinta-feira (7). A operação terminou com a prisão de 15 criminosos, seis deles baleados. Três tiveram alta e três foram internados sob custódia no Hospital Municipal Pedro II.

 

PRF apreendeu arma com milicianos. Uma pistola com emblema da polícia de Miami foi encontrada durante operação. Polícia ainda não sabe como arma veio para o Brasil. Questionada pelo UOL, a corporação afirmou que, a princípio, a arma é real, mas que ainda não se sabe como ela chegou ao país.

 

Os presos são suspeitos de integrarem a milícia comandada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. O tiroteio aconteceu no momento em que os suspeitos passavam pela rodovia em quatro carros, foram interceptados pela PRF e houve o confronto, segundo informações da polícia.

 

Com os suspeitos, os agentes apreenderam carros, 12 fuzis, dezenas de carregadores, centenas de munições e coletes usados pela Polícia Militar. Os detidos foram encaminhados ao Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas). Nenhum policial ficou ferido na operação.

 

Ainda segundo a polícia, o grupo estava sendo monitorado há meses. A operação envolveu agentes da PRF, do Draco e das polícias Civil e Militar do estado.

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