Imagem aérea do Morro Nova Cintra, em Santos (SP) -  (crédito: Facebook/Morro Nova Cintra)

Imagem aérea do Morro Nova Cintra, em Santos (SP)

crédito: Facebook/Morro Nova Cintra

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Policiais militares efetuaram 188 tiros de fuzil durante uma ação contra três suspeitos no Morro Nova Cintra, em Santos (SP), no último sábado (30).

 

Os agentes faziam diligências na rua Eugênio Batista da Silva, no bairro Vila Progresso, no âmbito da Operação Verão, quando foram recebidos a tiros por pelo menos três suspeitos. As informações foram repassadas pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo).

 

Os policiais "foram vítimas de tentativa de homicídio" e reagiram para se defender, justificou o órgão. A secretaria também esclareceu que ninguém ficou ferido na operação e que os suspeitos conseguiram fugir.

 

 

Caso foi registrado como disparo de arma de fogo e tentativa de homicídio na CPJ (Central de Polícia Judiciária) de Santos. Os policiais têm feito diligências para identificar e localizar os suspeitos. 

 

OPERAÇÃO VERÃO

 

Após a morte de um homem de 22 anos em confronto com a Polícia Militar, em Guarujá, na última sexta-feira (29), subiu para 56 o número de mortos na Operação Verão no litoral do estado.

 

O governo paulista esclareceu que as mortes em confronto são resultado da reação violenta dos criminosos ao trabalho policial. "Todos os casos são rigorosamente investigados pela Polícia Civil e Militar, com acompanhamento das respectivas corregedorias, Ministério Público e Poder Judiciário", disse a pasta em nota enviada ao UOL.

 

Mais de mil pessoas foram presas durante a 3ª fase da Operação Verão na Baixada Santista. A SSP informou que 1.055 foram detidos, entre eles 434 procurados pela Justiça. Foram apreendidas 2,5 toneladas de drogas, além de 118 armas ilegais, incluindo fuzis de uso restrito.

 

Em meio às mortes resultantes da Operação, o secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, foi denunciado. O Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana) enviou uma representação contra Derrite ao procurador-geral de Justiça de São Paulo. O Conselho cita improbidade administrativa no que diz respeito às operações da polícia com letalidade histórica no litoral paulista.