Um padre, que foi responsável pela igreja no câmpus da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) por sete anos, foi preso nesta quarta-feira (3/4), denunciado por estupro e importunação sexual pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Alexandre Paciolli foi preso preventivamente na casa de seu pai em Fortaleza (CE).
Os crimes, que teriam sido cometidos contra uma mesma mulher, ocorreram em momentos distintos, o primeiro em agosto de 2022 e o segundo em janeiro de 2023. Há outras investigações em andamento contra o padre pelos mesmos crimes. A Arquidiocese do Rio de Janeiro também recebeu diversas notícias de abusos sexuais cometidos por ele.
Nesse caso, o MP disse que o padre se aproveitou da ingenuidade e da fé da mulher. ''Sob o pretexto de estar sentido fortes dores, passou a praticar atos libidinosos com a vítima, que, tendo o denunciado como seu sagrado protetor, não conseguiu oferecer resistência.''
A denúncia foi formalizada pela Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Nova Friburgo em 26 de março, após investigação. O caso está em segredo de Justiça.
Paciolli teve várias funções de destaque, durante sua trajetória religiosa. Foi reitor da Igreja da PUC-Rio de 2016 a 2022, foi responsável pela Igreja de São José, no bairro da Lagoa no Rio de Janeiro, e apresentou um programa na TV na emissora católica Canção Nova. Dentre os programas, comandava um voltado para mulheres, o Mulheres de Fé.
CORREÇÃO
Inicialmente, esta notícia foi publicada referindo-se ao padre como ex-reitor da PUC-RJ. A universidade informa que o padre acusado de violência sexual nunca ocupou o cargo. Leia a nota na íntegra.
"O padre acusado de violência sexual não foi reitor da PUC-RJ. Ele foi responsável pela Igreja dentro da Universidade, mas não está mais na PUC desde 2022. Ele faz parte da Arquidiocese do Rio de Janeiro."