Para 2024, o governo já havia formalizado, para todos os servidores federais, proposta de reajuste no auxílio-alimentação, que passaria de R$ 658 para R$ 1 mil -  (crédito:  Antonio Cruz / Agência Brasil)

Para 2024, o governo já havia formalizado, para todos os servidores federais, proposta de reajuste no auxílio-alimentação, que passaria de R$ 658 para R$ 1 mil

crédito: Antonio Cruz / Agência Brasil

O governo federal apresentou, na última sexta-feira (19), uma proposta de reestruturação da carreira dos servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais. As categorias estão em greve em boa parte do país. Pela proposta, será concedido aos servidores reajuste de 9%, a partir de janeiro de 2025, e de 3,5%, em maio de 2026.

 

Para 2024, o governo já havia formalizado, para todos os servidores federais, proposta de reajuste no auxílio-alimentação, que passaria de R$ 658 para R$ 1 mil, de aumento de 51% no auxílio-saúde e de acréscimo no auxílio-creche, de R$ 321 para R$ 484,90.

 


Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MIG), se forem considerados o aumento nos benefícios e o reajuste de 9% concedido no ano passado, além da proposta feita nesta sexta-feira, os técnicos teriam um reajuste médio global de mais de 20% para a carreira.

 

De acordo com o ministério, a proposta apresentada nesta sexta-feira inclui ainda a verticalização das carreiras com uma diminuição do tempo de progressão por mérito de 18 para 12 meses e a mudança no tempo decorrido até o topo das carreiras, que passa a ser de 18 anos.

 

Servidores

Para o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, o termo apresentado pelo governo, até o momento, não recompõe salários nem reestrutura carreiras. “A proposta do governo foi de um reajuste de 9% para janeiro de 2025 e 3,5% para maio de 2026 . Isso significa a manutenção do congelamento salarial para 2024”, avaliou o sindicato. “A tendência, portanto, é que a greve continue", diz comunicado da entidade.

 

 

A decisão dos servidores da área de educação será oficializada após consulta às assembleias locais e apresentação durante a plenária nacional, ainda a ser convocada.

 

Além disso, uma contraproposta para o texto apresentado pelo MIG foi feita pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef). Segundo o secretário-geral da Condsef, a proposta foi aprovada, mas ainda são necessários alguns “ajustes de detalhes”, para que se chegue a um denominador comum.

 

A contraproposta sugere que o governo se comprometa a equiparar os benefícios entre todos os servidores até o fim de 2026. Além disso, os servidores incluíram um parágrafo, determinando, ao governo, que aplique índices proporcionais às necessidades de correção das perdas salariais do período entre 2016 e 2022, que ocorreram de forma distinta entre os setores.