Cuckolds gostam de ver ou saber que estão sendo traídos -  (crédito: Freepik)

Cuckolds gostam de ver ou saber que estão sendo traídos

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Você sabia que nesta quinta-feira (25/4) é comemorado o dia do corno? A data remete à comemoração do Dia de São Marcos. Isso porque, no século XVIII, era comum que fiéis levassem ao altar do santo do dia uma coroa com um corno de animal na ponta e nas missas na Espanha e em Portugal, e os padres coroavam os homens casados. Mas, se para alguns ser traído é motivo de tristeza, para outros é motivo de comemoração.

 

Isso porque se trata de um fetiche chamado “cuckold”, que consiste em gostar de saber (ou ver) que seu parceiro ou parceira se relaciona com outra pessoa. A expressão foi criada a partir da fêmea da ave cuco, já que o pássaro busca outros ninhos para colocar os ovos, sem que o macho saiba disso. Segundo levantamento do site Sexlog, considerados um dos maiores sobre sexo e swing da América Latina, mais de 300 mil homens brasileiros dizem ser declaram cuckolds. A pesquisa levou em conta os cadastros feitos pela plataforma.

 

 

Desse total, 170 mil estão concentrados na região sudeste. Belo Horizonte aparece no ranking das cidades com mais cornos orgulhosos da região, segundo o site. São Paulo lidera, seguida do Rio de Janeiro, com os mineiros em seguida.

 

Mais comum em homens, o fetiche pode ser resumido em parceiros que gostam de saber que sua hotwife (que são as parceiras capazes de dar tesão em outras pessoas) tiveram relações sexuais com outras pessoas. Mais do que saber ou ver, alguns gostam de ouvir o relato das mulheres após a traição, que, nesses casos, é consentida. “Eu gosto quando ela sai com outros caras, chega em casa e nós transamos enquanto ela me conta sobre esse encontro, me enche de tesão”, revela um usuário do Sexlog, que diz ser professor e ter 54 anos.

 

No caso dele, o fetiche começou com uma traição da esposa. A primeira não foi consentida, mas já mexeu com os sentimentos do homem. “Eu a traí primeiro, ela foi se vingar com um amigo meu e eu acabei gostando. Durante a discussão, ela me contou o que tinha acontecido, nós transamos e foi ótimo. Eu tenho ciúmes muitas vezes, mas eu gosto”, diz.

 

O fetiche também pode ser alimentado por contos eróticos, frequentemente escritos do ponto de vista do marido. Mas o cukold também pode envolver outras práticas sexuais, como voyeurismo, que é o fetiche em assistir a uma relação sexual de outras pessoas, o ménage, que é o sexo de três pessoas, e o dirty talk, que são as conversas picantes.


Sem perder a amizade

 

Segundo a pesquisa do Sexlog, metade dos homens cukolds dizem que convidariam um amigo para transar com a esposa, sem que isso altere a relação entre os caras. Já no quesito ciúmes, 62% revelam que nunca sequer tiveram ciúmes delas; 21% sentiram esse incômodo uma vez e 17% já sofreram por isso mais de uma vez.

 

 

Outro homem que participou da pesquisa tem 43 anos, dos quais 17 vivendo um casamento aberto. Ele disse que sempre gostou de ver a esposa dele com outros homens, mas só recentemente descobriu um termo que descrevesse esse fetiche. “Fizemos amizade com um single porque o encontro foi muito bom e até hoje repetimos. Não me importo de manter o contato com ele, nem de chamar outros amigos para participar”, contou.

 

Como ele, outros 47% dos entrevistados disseram não se incomodar em manter contato com o single, que é a terceira pessoa envolvida. Outros 33% alegam que depende do caso e 20% preferem que isso não aconteça e que todo o contato aconteça somente entre quatro paredes.

 

O que elas acham

 

A pesquisa também ouviu as hotwifes sobre como elas escolhem seus parceiros. Em 67% dos casos, são elas que determinam com quem vão ficam, mas com o aval dos maridos. Outras 18% dizer fazer isso sozinhas e 14% revelaram que são os maridos que decidem.

 

Para uma das entrevistadas, que tem 34 anos, a escolha já faz parte do fetiche. Por isso, prefere fazer isso na companhia do marido. “Quando escolhemos juntos, estamos levando em conta a preferência de cada um também, sabendo que será uma experiência que precisa ser prazerosa para os dois”, apontou.


A cada quatro entrevistadas, três disseram procurar online a terceira pessoa. “Uma coisa que é muito importante, para mim, é o sigilo. Eu posso navegar livremente, conhecer muitas pessoas, sem que ninguém saiba quem eu sou. Só vão me conhecer depois, quando o date estiver marcado. Assim, evitamos qualquer constrangimento desnecessário”, ponderou a jovem.