SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A FAB (Força Aérea Brasileira) divulgou nesta terça-feira (9) a intercepção de um avião cheio de pasta base de cocaína que entrou no espaço aéreo brasileiro vindo do Paraguai sem plano de voo.

 

A aeronave de modelo Cesna-182, de matrícula PT-CPR, foi perseguida por dois caças de defesa aérea A-29 Super Tucano e pelo avião radar E-99 desde que foi identificada na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.

 

Segundo a FAB, ao ingressar no espaço aéreo brasileiro e não apresentar o plano de voo, o avião passou a ser monitorado pelo Comae (Comando de Operações Aeroespaciais) e pela PF (Polícia Federal).

 

"A partir de então, os pilotos de defesa aérea seguiram os protocolos das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA), a aeronave foi classificada como suspeita, conforme previsto no Decreto 5.144, de 16 de julho de 2004, e foi constatado que estava com matrícula clonada", destacou comunicado da FAB.

 

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Quando estavam se aproximando de Londrina (PR), o piloto do A-29 deu a ordem para que o avião fizesse um pouso obrigatório no aeroporto da cidade paranaense, o que não foi cumprido. Ao contrário, o piloto do Cesna seguiu e fez um pouso forçado em uma pista de terra no meio de uma plantação nas proximidades de Santa Cruz do Rio Pardo (SP), às 11h10 desta terça.


 

Na ação, o avião acabou se quebrando ao meio e a carga se espalhou pela pista improvisada. O tripulante que estava a bordo tentou fugir, mas foi detido pelos agentes da PF e a carga foi apreendida.

 

A ação fez parte da Operação Ostium, interligadas ao Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, que tem por objetivo coibir o tráfico de drogas no espaço aéreo brasileiro. Participam do programa a FAB e os órgãos de segurança pública.

 

A interceptação de aeronaves com drogas é comum no país. Em 2021, por exemplo, um caça da FAB abateu um avião com quase 300 kg de cocaína em Mato Grosso.

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