O ciclista brasileiro George Silva, de 63 anos, desapareceu enquanto fazia uma expedição de bicicleta no Norte do país. Ele falou com a família pela última vez há cerca de um mês, quando estava em Uiramutã (RR), na fronteira do Brasil com a Guiana. Silva, militar aposentado da Força Aérea, iniciou sua expedição de bicicleta em abril do ano passado no ponto mais extremo no Sul do Brasil, o Arroio Chuí, na fronteira entre o Brasil e o Urugual.

 

Seu objetivo era chegar até o ponto mais extremo no Norte do território brasileiro, o Monte Caburaí, em Roraima. Em novembro do ano passado, depois de cerca de sete meses de expedição, chegou ao estado. Em Roraima, Silva adoeceu e retornou a Bertioga (SP), onde vive a esposa, para se recuperar.

 



 

Três meses depois, em fevereiro deste ano, voltou para Boa Vista (RR) para terminar a expedição. Em 27 de março, fez uma rápida ligação para a esposa e informou que estava em Uiramutã e iria para o Monte Caburaí. Como as condições do trajeto são ruins, Souza teria decidido ingressar na Guiana, onde o percurso é tido como mais seguro. Desde então, a família não conseguiu contato com o ex-militar.

 

 

Segundo Gregori de Souza, filho de George, o pai calculou que levaria 15 dias para ir até o Monte Caburaí e retornar. Ele acredita que o ciclista tenha feito uma previsão equivocada. A família já registrou dois boletins de ocorrência. Gregori afirma que há muita lentidão e burocracia das autoridades para encontrar o paradeiro do pai. Ele e a mãe estão há 12 dias em Roraima e entraram em contato com vários órgãos públicos para tentar acelerar os procedimentos.

 

Bombeiros coletaram informações em Uiramutã. Ao UOL, o subcomandante do Corpo de Bombeiros de Roraima, coronel Gewrly Batista, disse que uma equipe de buscas esteve no local, mas constatou que George de fato entrou na Guiana, o que torna necessária uma autorização do governo guianês para uma ação no território.

 

 

Guiana fará buscas. Segundo Batista, um major do Corpo de Bombeiros que integra uma equipe de ajuda humanitária no país vizinho já teria informado as autoridades locais, que se dispuseram a colaborar. O coronel avalia que será necessária uma operação conjunta entre bombeiros, Forças Armadas e o governo guianês para descobrir o paradeiro de George.

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