Cinco das dez pessoas mortas no incêndio em uma pousada para pessoas em vulnerabilidade em Porto Alegre seguem sem identificação, segundo a Fasc (Fundação de Assistência Social e Cidadania). Outras quatro foram sepultadas no sábado (27).

 

Entre os 15 feridos, seis seguem internados, um deles em estado grave. A Secretaria de Saúde informou o estado de um dos feridos evoluiu para estável entre sábado e este domingo (28).

 

A pousada pegou fogo por volta das 2h de sexta-feira (26), e a situação só foi totalmente controlada perto das 5h. O incêndio ocorreu próximo de um posto de combustíveis, o que assustou ainda mais moradores vizinhos ao prédio e motoristas que passavam pelo local.

 



 

O edifício ficou destruído, e os corpos das vítimas foram encontrados carbonizados, segundo os bombeiros. A suspeita é de que a maioria estivesse dormindo

 

A Secretaria de Saúde não informou os nomes das vítimas já identificadas. Uma delas foi recolhida pela família e as outras quatro foram sepultadas com caixões fechados, já que os corpos estavam carbonizados.

 

Após o incêndio, a Prefeitura de Porto Alegre anunciou que fará uma força-tarefa para verificar a situação de todos os 23 espaços na cidade onde há vagas para acolhimento a pessoas em vulnerabilidade.

 

Foi aberta também uma investigação interna na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social para apurar a prestação de serviço da Pousada Garoa, que desde 2020 fornece leitos ao município.

 

Os 23 espaços pertencem à mesma empresa responsável pela Pousada Garoa, onde houve o incêndio dessa sexta. Oferecem, no total, 400 vagas para pessoas em situação de rua a partir de um contrato emergencial firmado em 2022 com a gestão municipal.

 

 

Nesse programa, os beneficiários recebem um voucher da Fasc, que é válido por 15 dias e pode ser usado para ocupar uma vaga nas pensões. A emissão de vouchers, porém, foi suspensa após o incêndio.

 

As causas do incêndio ainda estão sendo apuradas. Na sexta, a Defesa Civil afirmou ver indícios de ação criminosa. A Polícia Civil disse à Folha, por meio de sua assessoria de imprensa, que não descarta qualquer hipótese, mas aguarda o trabalho da perícia.

 

De acordo com o Corpo dos Bombeiros, a pensão funcionava no edifício em situação irregular, sem alvará e plano de segurança.

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