O governo federal decidiu adiar para todo o país o Concurso Nacional Unificado (CNU), também conhecido por Enem dos Concursos. O anúncio oficial foi feito nesta sexta-feira (3/5), às 15h.
A decisão dividiu o grupo de ministros diretamente envolvidos no debate. Havia muita dúvida quanto à viabilidade técnica de se adiar as provas apenas no Rio Grande do Sul, que foi devastado pelas chuvas dos últimos dias.
O motivo seria que, diferentemente do Enem, não existe um banco de provas disponível para o CNU, que acontece pela primeira vez. Com isso, o risco de se fazer provas, posteriormente, de grau de dificuldade diferente da original para os inscritos no Rio Grande do Sul era alta, o que aumentaria o já elevado risco de judicialização.
O alerta do risco de chuvas atingirem fortemente também Santa Catarina foi decisivo para o adiamento. Ainda não há definição quanto à nova data da prova, caso o adiamento seja confirmado logo mais.
Possível adiamento
Pela manhã, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, já havia acenado para um possível adiamento das provas do Enem dos Concursos. “No mais tardar, até o início da tarde de hoje, a gente precisa ter uma orientação definitiva sobre a realização do concurso”, afirmou ao participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Segundo ele, o adiamento do concurso tem um custo de R$ 50 milhões. São mais de 2,5 milhões de inscritos em todo o país. Ao todo, serão convocados 6.640 servidores para 21 órgãos públicos.
Em Minas 172.835 pessoas se inscreveram, segundo dados do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Belo Horizonte foi a cidade do estado com maior número de inscritos: 62.658 candidatos. Em seguida, aparecem Juiz de Fora (16.223), Uberlândia (12.108), Montes Claros (10.142), Lavras (6.731) e Contagem (6.386). As provas seriam aplicadas em 26 municípios mineiros.