Cerca de 4.000 unidades estão sem luz dentro do polígono que inclui trechos das avenidas Mauá, Borges de Medeiros e Independência, a rua Riachuelo e a Estação Rodoviária -  (crédito: Prefeitura de Porto Alegre/Divulgação)

Cerca de 4.000 unidades estão sem luz dentro do polígono que inclui trechos das avenidas Mauá, Borges de Medeiros e Independência, a rua Riachuelo e a Estação Rodoviária

crédito: Prefeitura de Porto Alegre/Divulgação

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após o nível do Guaíba atingir 4,58 metros e alagar as principais ruas do centro histórico de Porto Alegre nesta sexta-feira (3/5), os moradores que ainda não deixaram o bairro devem passar a noite às escuras, após a interrupção do fornecimento de energia elétrica.

 

Cerca de 4.000 unidades estão sem luz dentro do polígono que inclui trechos das avenidas Mauá, Borges de Medeiros e Independência, a rua Riachuelo e a Estação Rodoviária, informa a distribuidora CEEE Equatorial. Segundo a companhia, o desligamento aconteceu após solicitações da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, do Corpo de Bombeiros e das prefeituras municipais.

 

 

O bairro também está sem água, após o DMAE (Departamento Municipal de Água e Esgotos) interromper nesta sexta a operação do SAA (Sistema de Abastecimento de Água) Moinhos de Vento. Outros 20 bairros foram afetados pela parada dos serviços.

 

A falta de luz e água traz mais um motivo para que os moradores deixem suas casas temporariamente. O governador Eduardo Leite (PSDB) alertou na quinta-feira (2/5) à noite, antes de a água tomar conta do centro, que o nível do Guaíba poderia atingir 5 metros no sábado (5/5).

 

A Defesa Civil emitiu à tarde um alerta de evacuação para moradores e trabalhadores do centro histórico que estejam próximos às ruas Siqueira Campos, Sete de Setembro, Andradas e a avenida Júlio de Castilhos.

 

 

As ruas são um polo comercial de Porto Alegre, com muitas lojas populares, bares e restaurantes, além de concentrar a maior parte das saídas de ônibus da cidade rumo à zona norte e aos arredores da PUCRS, no bairro Partenon. Há ainda muitos prédios residenciais na região, especialmente na Andradas, cujos moradores correm o risco de ficarem ilhados e sem serviços básicos. Como o acesso a trechos do bairro está bloqueado por agentes de segurança, a circulação é limitada.

 

Na tarde desta sexta, a inundação subiu o nível do asfalto e começou a invadir o térreo de prédios nos arredores da avenida Mauá. A água já inundou partes do Mercado Público de Porto Alegre, do Museu de Artes do Rio Grande do Sul e do Farol Santander, além de comércios ao longo da avenida Voluntários da Pátria e ruas adjacentes.