O presidente Lula vai voltar ao Rio Grande do Sul neste domingo (5/5) e deve se encontrar novamente com o governador Eduardo Leite -  (crédito: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Lula vai voltar ao Rio Grande do Sul neste domingo (5/5) e deve se encontrar novamente com o governador Eduardo Leite

crédito: Ricardo Stuckert/PR

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou neste sábado (4) que o estado vai precisar de uma espécie de "Plano Marshall", em referência ao plano dos Estados Unidos para reconstrução de países aliados após a Segunda Guerra Mundial.

 

Leite afirmou que a chegada de reforços será importante para as demais frentes de atuação, como o reconhecimento de corpos e a reconstrução de estradas. A prioridade neste momento, porém, é o resgate das vítimas.

 

"Tudo o que é possível empregar está sendo empregado. Vai chegar mais gente. Não porque não tenham chegado antes porque não quisessem, mas porque essa mobilização leva um tempo", disse ao ser questionado sobre a ajuda do governo federal nesse esforço.

 

"E vai ser importante porque vai ter várias dimensões ainda de impacto. Temos vários municípios que estão sem água e vão precisar de obras e intervenções, estradas que vão precisar ser refeitas, hospitais que precisam de oxigênio", destacou.

 

 

Leite demonstrou preocupação com a liberação dos corpos das vítimas para que o trabalho seja feito o mais rápido possível. O governador também citou o receio com a situação das plantas de produção de proteína animal afetadas pelas chuvas.

 

O governador deu as declarações ao lado dos ministros Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, e Waldez Góes, do Desenvolvimento Regional, com quem havia se reunido. O presidente Lula (PT) viaja a Porto Alegre neste domingo (4).

 

Saiba mais: RS vai precisar de um 'plano Marshal' após as chuvas, diz Eduardo Leite

 

O governador agradeceu ao apoio do governo federal e dos estados. Leite afirmou ter sido procurado por quase todos os governadores e mencionou o trabalho das equipes de resgate de outras regiões com helicópteros e embarcações.

 

Leite também atualizou os números da crise que atravessa o estado. Até este sábado, as chuvas já deixaram 55 mortos, 74 desaparecidos e 107 feridos. Sete mortes estão sendo investigadas para averiguar se houve relação com as chuvas.

 

O governo estadual decretou situação de calamidade pública. Cidades como Canoas e São Leopoldo vivem um cenário de caos, com áreas alagadas que só podem ser acessadas por barcos e famílias isoladas à espera de resgate.

 

Saiba mais: RS: nove pessoas morrem em UTI após água inundar hospital de Canoas