SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, 24, preso preventivamente, sem prazo, no Centro de Detenção Provisória 2 de Guarulhos, na Grande São Paulo, desde terça-feira (7), foi fotografado e teve seus dados incluído no sistema penitenciário do estado de São Paulo.
Fernando teve a prisão decretada no último dia 3 pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O recurso foi a quarta tentativa de prisão preventiva do Ministério Público - isso porque os três anteriores foram negados pela Justiça.
A penitenciária em que Fernando ficará enquanto aguarda o curso do processo possui uma área de seguro. Ou seja, detidos que podem correr algum risco no sistema prisional costumam ser encaminhados para lá.
No CDP de Guarulhos há área de seguro para ex-integrantes de órgãos de segurança pública; uma ala para prisão civil (devedores de pensão); e outra para envolvidos em crimes midiáticos.
Fernando se entregou na tarde de segunda-feira (6) na 5ª Delegacia Seccional Leste, no Tatuapé, e foi preso.
Ele é réu por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima após ter batido com seu Porsche no carro do motorista de aplicativo Ornaldo Silva Viana, 52, no dia 31 de março. O motorista foi socorrido, mas morreu.
Além dele, o amigo de Fernando, Marcus Vinicius Rocha, 22, que estava no banco do passageiro ficou gravemente ferido e precisou passar por duas cirurgias - uma delas para retirada do baço - e também passou 10 dias na UTI.
O Porsche dirigido por Fernando estava a 156 km/h, na avenida Salim Farah Maluf, na zona leste de São Paulo, momentos antes de colidir com o Renault Sandero do motorista de aplicativo. Segundo testemunhas, ele havia bebido antes de dirigir.
Fernando nega que tenha bebido na noite do acidente e discorda que o carro estivesse a velocidade apontada pela perícia inicial.
O advogado do empresário, Jonas Marzagão, afirmou que teme pela integridade de seu cliente dentro do sistema prisional e que por isso busca um local compatível para o caso dele. "A defesa discorda dessa prisão, mas vamos discutir na esfera certa, que é o Judiciário."