De acordo com os bombeiros, o condomínio está totalmente vazio por causa das enchentes. Cerca de 100 mil pessoas estão desalojadas apenas em São Leopoldo. No estado esse número chega a 617 mil. -  (crédito: reprodução tv globo)

Rio Grande do Sul sofre com a inundação da maioria de seus municípios desde o início do mês

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres) divulgou um comunicado nesta sexta-feira (17/5) em que cita um risco "muito alto" da permanência de inundações em regiões do Rio Grande do Sul neste sábado (18). O estado é atingido por enchentes desde o final de abril.


O alerta, emitido hoje, cita as mesorregiões Centro-Oriental, Sudeste Rio-Grandense e a região metropolitana de Porto Alegre. Municípios como Lajeado, Cruzeiro do Sul e Pelotas, que já sofrem com as fortes chuvas, são alguns que fazem parte dessas regiões.

 

Os acumulados das chuvas das últimas semanas são um dos motivos para a manutenção das inundações, explica o Cemaden. O órgão também cita o deslocamento das ondas de cheia e condições de saturação do solo.

 

 

O Cemaden ressalta a situação da Bacia do Lago Guaíba. Ela recebe toda água que se desloca pelas bacias dos rios Jacuí, Taquari-Antas, Caí, Sinos e Gravataí, todas ainda com níveis dos rios elevados.

 

Essa condição, explica o órgão, agrava a situação de Porto Alegre. O nível do Lago Guaíba na capital estava em 4,62 metros às 17h15. O alerta também cita a preocupação para os municípios banhados pela Lagoa dos Patos, que permanecem com registro de inundação por causa da água que vem do Guaíba.

 

 

O órgão também cita risco "alto" para as mesorregiões Norte e Sul Catarinense, Vale do Itajaí e Grande Florianópolis. Podem ocorrer pancadas de chuva forte, levando a alagamentos e inundações.

 

Inundação atingiu 344 mil imóveis 

A inundação no RS atingiu 344 mil imóveis, segundo análise do UOL com base em um mapa que estima a área atingida, elaborado pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

 

São 293 mil residências, 41 mil construções comerciais, 2.600 imóveis rurais e 1.300 igrejas. Além disso, 759 estabelecimentos de saúde, como hospitais e consultórios. E 662 estabelecimentos de ensino, como escolas, creches e faculdades. E mais 5,2 mil imóveis de outros tipos.

 

Um sobrevoo digital preparado pelo UOL mostra o tamanho da área atingida e o que ficou debaixo da água e da lama. São 300 quilômetros de extensão. E quase 3.500 quilômetros quadrados - mais que as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, juntas.

 

Enchentes no RS já deixaram 154 mortos, segundo boletim da Defesa Civil divulgado às 18h desta sexta. São 2.304.422 de pessoas afetadas, sendo 540.188 desalojados e 78.165 pessoas em abrigo.