Chuva suspende limpeza do Mercado Público de Porto Alegre -  (crédito: EBC)

Chuva suspende limpeza do Mercado Público de Porto Alegre

crédito: EBC

FOLHAPRESS - Ainda falta quase uma semana para maio terminar, mas a cidade de Porto Alegre já registra o maior volume de chuva para um mês, ao menos desde 1916, quando começaram as medições. A informação é da Defesa Civil gaúcha a partir de dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

 

De acordo com o órgão municipal, até sexta-feira (24), a cidade acumulava o volume de 486,7 mm de chuva no mês. A marca supera os 447,3 mm de setembro do ano passado, quando o Rio Grande do Sul também foi castigado por temporais.

 

Na comparação entre meses de maio, a atual marca supera os 405,5 mm de todo o mês da histórica cheia de 1941, até então apontada como a maior tragédia provocada pela chuva no estado, mas que foi superada agora.

 

Na manhã deste sábado (24), a Defesa Civil atendeu 33 ocorrências com pedidos de vistoria e verificação de perigo de deslizamentos. Não houve nenhuma remoção.

 

 

Na véspera foram 268 ocorrências por causa da chuva, que havia voltado a cair com força na Região Metropolitana de Porto Alegre. A maioria dessas ocorrências foi provocada por deslizamentos e desabamentos causados pela chuva em 24 horas.

 

O nível do lago Guaíba continua acima da faixa dos 4 m. Nesta manhã, a régua instalada no cais Mauá - onde a cota de inundação é de 3 m - marcava 4,16 m. Na medição feita às 15h15, o nível do Guaíba havia baixado para 4,11 m.

 

"A intensificação da cheia é resultado das intensas pancadas de chuva registradas no Rio Grande do Sul entre a quinta e a sexta-feira", diz a Prefeitura de Porto Alegre, em nota.

 

 

A previsão indica cheia duradoura, com manutenção dos níveis elevados nos próximos dias, segundo o IPH (Instituto de Pesquisas Hidráulicas) da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). O cenário mostra que os níveis devem oscilar em torno da marca dos 4 m e devem ocorrer elevações em consequência dos ventos e chuvas previstos para a próxima semana.

 

O lago Guaíba atingiu o nível de 5,33 m no último dia 2, superando o recorde histórico de 4,76 m da enchente de 1941. Desde então, as águas estavam baixando lenta e constantemente, mas nesta sexta-feira houve repique.

 

Previsão para os próximos dias

 

Não há previsão de chuva para este fim de semana no Rio Grande do Sul. Entretanto, a Sala de Situação, montada pelo governo estadual em decorrência da tragédia, afirma que deve voltar a chover forte na segunda-feira (27), com possibilidade de rajadas de vento de até 60 km/h.

 

O boletim informa que os acumulados de chuva devem variar de 40 mm a 60 mm no sul e nordeste do estado, na Costa Doce, região dos Vales, Região Metropolitana de Porto Alegre e litoral.

 

Na terça-feira (28), chuvas pontualmente fortes devem seguir no litoral gaúcho.


 

A tendência, afirma a Sala de Situação, é que, na quarta-feira (29), o tempo permaneça instável na faixa leste, com chuva fraca. "Com um ciclone extratropical em alto-mar, o mar fica agitado e há risco de ressaca sobre a costa gaúcha", diz.

 

Maiores volume de chuva em um mês em Porto Alegre (desde 1916)

  • 486,7 mm - maio de 2024 (até o dia 24)
  • 447,3 mm - setembro de 2023
  • 403,6 mm - junho de 1944
  • 386,6 mm - abril de 1941
  • 365,6 mm - junho de 1982

 

Maiores volume de chuva para o mês de maio em Porto Alegre (desde 1916)

  • 486,7 mm - ano 2024 (até o dia 24)
  • 405,5 mm - ano 1941
  • 294,7 mm - ano 1942
  • 268,6 mm - ano 1984
  • 245,1 mm - Ano 2019

 

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