A empresária começou no Boi Garantido defendendo o item 7, Sinhazinha da Fazenda, em 2016, e ficou cinco anos representando o mesmo personagem pela agremiação -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)

A empresária começou no Boi Garantido defendendo o item 7, Sinhazinha da Fazenda, em 2016, e ficou cinco anos representando o mesmo personagem pela agremiação

crédito: Reprodução/Redes sociais

A empresária Dilemar Cardoso Carlos da Silva, conhecida como Djidja e ex-sinhazinha do Boi Garantido, morreu na terça-feira (28/5) aos 32 anos, no Amazonas. Ela foi encontrada morta por volta das 6h na casa onde morava em Manaus (AM). As circunstâncias da morte de Djidja ainda não foram reveladas.

 

Fontes ouvidas pelo g1 revelaram que a morte foi descoberta depois de parentes tentarem falar com ela por telefone, mas sem sucesso. Por isso, foram até a casa, onde encontraram Djidja já morta, na cama.

 

 

A delegacia de Homicídios e Sequestros lida com o caso e informou que não poderão ser divulgadas mais informações pois a investigação ainda está em andamento. Confira o que se sabe até agora:

 

Acusados

 

Na quinta-feira (30/5), o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decretou a prisão da mãe, do irmão e de três funcionários do salão de beleza Belle Femme, de propriedade da empresário. Segundo a Justiça amazonense, a prisão preventiva dos familiares e funcionários foi decidida por conta dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e estupro (esse direcionado apenas ao irmão da vítima, Ademar Cardoso).

 

O jornal Diário do Pará divulgou que um boletim de ocorrência foi registrado em 24 de abril deste ano em que parentes da ex-sinhazinha denunciavam cárcere privado e condições lamentáveis devido ao uso de drogas.

 

 

Mandados de busca e apreensão também foram emitidos pelo Poder Judiciário. Em uma das unidades do salão de beleza, foram encontradas ampolas de cetamina, seringas e agulhas. No local da morte também foram apreendidos remédios de uso controlado e medicamentos veterinários.

 

Em nota divulgada no Instagram do salão de beleza, a família de Djidja disse estar consternada por estar sendo obrigada a lidar com notícias falsas e polêmicas sobre a causa da morte da empresária. "Por conta disso a família vem a público informar que toda e qualquer circunstância que envolve seu falecimento será esclarecido perante ás autoridades".

 

O mandado foi expedido para a prisão de:

 

  • Ademar Farias Cardoso Neto, irmão de Djidja Cardoso
  • Cleusimar Cardoso Rodrigues, mãe de Djidja
  • Verônica da Costa Seixas, gerente do salão
  • Marlisson Vasconcelos Dantas, cabeleireiro
  • Claudiele Santos da Silva, maquiadora do salão de beleza Belle Femme

 

Djidja Cardoso com a mãe Cleusimar Cardoso e o irmão Ademar Farias Cardoso

Djidja Cardoso com a mãe Cleusimar Cardoso e o irmão Ademar Farias Cardoso

Reprodução/Redes sociais

 

A casa virou uma "cracolândia"


Muito do que se sabe sobre o caso está sendo divulgado por parentes nas redes sociais. A tia de Djidja, Cleomar Cardoso, publicou no Facebook que a ex-sinhazinha morreu por "omissão de socorro por parte da mãe dela e da turma do Belle Femme de Manaus".

 

"A casa dela na cidade nova se tornou uma cracolândia. Toda vez que tentávamos internar a Djidja, éramos impedidos pela mãe e pela quadrilha de alguns funcionários que fazem parte do esquema deles. A mãe dela sempre dizia pra nós não interferirmos na vida deles e que ela sabia o que estava fazendo, ficamos de mãos atadas e está do mesmo jeito lá, todos se drogando na casa dela ", escreveu a tia nas redes sociais.

 

 

Djidja morreu na casa em que vivia, no bairro Cidade Nova, em Manaus. "O corpo da minha sobrinha no velório só com algumas sobrinhas, porque eles não queriam nem a presença da família original (nossa família de sangue). Não sei o que vai acontecer de agora em diante", concluiu.

 

Djidja Cardoso havia revelado, em fevereiro, no Instagram, que lutava contra a depressão. Em publicação no seu aniversário de 32 anos, escreveu: "Só tenho a agradecer, principalmente por ter passado e superado esses meses doente (depressão, gastrite etc) em breve quando me se senti confortável eu conto meu testemunho, de como me recuperei e quis viver novamente".

 

Print de publicação de Cleomar Cardoso

Cleomar Cardoso, tia de Djidja Cardoso, publicou no Facebook sobre a morte da sobrinha

Reprodução/Redes sociais

 

Boi Garantido


O Boi diz que Djidja partiu fisicamente, mas "permanecerá viva" na memória. A empresária começou na agremiação defendendo o item 7, Sinhazinha da Fazenda, em 2016, e ficou cinco anos representando o mesmo personagem pelo Boi Garantido.

 

"As cores hoje já não brilham tanto, a sombrinha já não gira mais no ar, os sorrisos momentaneamente tornam-se em lágrimas, a galera vermelha e branca chora com sua repentina partida. Djidja, obrigado por defender por vários anos, o item 7 com tanto amor e dedicação. Nossa sinhazinha campeã, dona do nosso coração. Agora é hora de descansar, hora daquele adeus".