A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou, nesta sexta-feira (3/05), que é impossível realizar as provas do Concurso Nacional Unificado (CNU), também conhecido por Enem dos Concursos, no Rio Grande do Sul, neste momento. Por isso, o governo federal tomou a decisão de adiar as provas que aconteceriam neste domingo (5/5). Ainda não há data definida para realização das provas. 

 

“Estamos diante de uma calamidade de proporções inéditas no Brasil. O esforço de segurança hoje está muito focado nas vítimas”, disse a ministra.

 

Ela destacou que quando o concurso foi pensado, a ideia era democratizar o serviço público e preservar a participação de todos os candidatos, de forma igualitária. De acordo com Dweck, o concurso seria feito em 1.228 cidades do país. “São mais de 2 milhões de inscritos e mais de 200 mil pessoas envolvidas na aplicação das provas.

 

“Candidatos estão se deslocando para locais de prova. Estávamos focados em garantir a realização do concurso no domingo, mas estamos em uma situação de agravamento sem precedentes”, explicou a ministra.

 

 

Segundo ela, a situação do Rio Grande do Sul estava sendo monitorada pela pasta, a Advocacia Geral da União, a Defensoria Pública da União e a Procuradoria Geral do Rio Grande do Sul, desde que as chuvas se intensificaram na região.

 




Mas que, com os alagamentos, mortes, dificuldades de acessos e transporte, a decisão de adiar as provas precisou ser tomada. No estado, 80 mil candidatos estavam inscritos e mais de 20 mil pessoas estavam envolvidas na aplicação das provas.

 

O agravamento da situação na capital Porto Alegre foi decisivo para o adiamento do concurso, além de parte de Santa Catarina já estar sofrendo com as chuvas também.

 

 

“Construímos um acordo para preservar o concurso. É a solução mais segura para todos os candidatos no Brasil inteiro. Vamos garantir que todos realizem as provas nas mesmas condições e com resultado com respaldo jurídico importante. Essa decisão é para atender a todos os candidatos”, afirmou Dweck .

 

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, também participou da coletiva e disse que o foco do governo agora está em três pontos. “O trabalho de resgate, o restabelecimento de acessos, como estradas, energia elétrica, abastecimento de água, além de apoio humanitário aos desabrigados. Foi esse compromisso do presidente Lula que orientou todas as nossas ações.”

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