BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou neste sábado (4) que o estado vai precisar de uma espécie de "Plano Marshall", em referência ao plano dos Estados Unidos para reconstrução de países aliados após a Segunda Guerra Mundial.
Leite afirmou que a chegada de reforços será importante para as demais frentes de atuação, como o reconhecimento de corpos e a reconstrução de estradas. A prioridade neste momento, porém, é o resgate das vítimas.
"Tudo o que é possível empregar está sendo empregado. Vai chegar mais gente. Não porque não tenham chegado antes porque não quisessem, mas porque essa mobilização leva um tempo", disse ao ser questionado sobre a ajuda do governo federal nesse esforço.
"E vai ser importante porque vai ter várias dimensões ainda de impacto. Temos vários municípios que estão sem água e vão precisar de obras e intervenções, estradas que vão precisar ser refeitas, hospitais que precisam de oxigênio", destacou.
Leite demonstrou preocupação com a liberação dos corpos das vítimas para que o trabalho seja feito o mais rápido possível. O governador também citou o receio com a situação das plantas de produção de proteína animal afetadas pelas chuvas.
O governador deu as declarações ao lado dos ministros Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, e Waldez Góes, do Desenvolvimento Regional, com quem havia se reunido. O presidente Lula (PT) viaja a Porto Alegre neste domingo (4).
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O governador agradeceu ao apoio do governo federal e dos estados. Leite afirmou ter sido procurado por quase todos os governadores e mencionou o trabalho das equipes de resgate de outras regiões com helicópteros e embarcações.
Leite também atualizou os números da crise que atravessa o estado. Até este sábado, as chuvas já deixaram 55 mortos, 74 desaparecidos e 107 feridos. Sete mortes estão sendo investigadas para averiguar se houve relação com as chuvas.
O governo estadual decretou situação de calamidade pública. Cidades como Canoas e São Leopoldo vivem um cenário de caos, com áreas alagadas que só podem ser acessadas por barcos e famílias isoladas à espera de resgate.
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