O Rio Grande do Sul vai ser atingido por uma nova onda de chuva, com altos volumes em partes do Estado. De acordo com a MetSul Meteorologia, o evento pode afetar algumas das áreas mais castigadas pelas inundações e deslizamentos de terra. As pancadas devem voltar à região entre os dias 10 e 14 de maio.

 



 

O alerta diz que, assim como ocorreu no evento do fim de abril e do começo de maio, esse será um episódio de instabilidade com duração de vários dias. Uma frente fria associada a um ciclone extratropical na costa da Argentina, que em nenhum momento vai se aproximar do Rio Grande do Sul, avança pelo estado nesta quarta-feira (8/5), com chuva.

 

 

Na maioria das cidades, a chuva não terá altos volumes, embora isoladamente possa chover forte com risco marginal de tempo severo. Assim, não causará repique de cheias. Em áreas de relevo, porém, sob risco geológico extremo e qualquer precipitação, pode haver deslizamentos. Já o campo de vento intenso do ciclone permanecerá em alto mar e sem afetar o estado.

 

 

Na quinta, o tempo melhora na maioria das cidades gaúchas com ingresso de ar frio com vento sul, que deixará a temperatura amena. O vento sul, porém, deve represar o Guaíba na Lagoa dos Patos e gerar elevação mesmo que temporária do nível, já em patamar crítico. No Norte do estado, a quinta ainda tem chuva.

 

 

Na sexta, o tempo volta instável na maioria das regiões com chuva e pode ser localmente forte, uma vez que a frente fria não rompe o bloqueio da massa de ar seco e quente da região central do Brasil. Isso persiste no no fim e durante o início da outra semana, o que vai levar aos altos volumes de chuva. O tempo melhora entre terça e quarta da semana que vem, com a chegada de uma massa de ar polar.

 

Os volumes devem permanecer entre 100 e 200 mm em vários pontos do norte e nordeste do estado, com concentração sobretudo na região da Serra. O novo episódio de chuva se torna preocupante porque o Rio Grande do Sul ainda está em uma condição crítica, com a probabilidade de mais deslizamentos e quedas de barreira em rodovias.

 

 

Segundo o Metsul, os níveis projetados não serão extremos como no cenário anterior, mas atingirão cabeceiras de vários rios, como Taquari, Caí, Jacuí, Sinos, Paranhana e Gravataí. Todos esses rios param no Guaíba, o que vai prolongar ainda mais a cheia na capital gaúcha e trazer o risco de repique de cheia nos vales.

*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa

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