O NAM (Navio-Aeródromo Multipropósito) Atlântico, considerado o maior navio de guerra da América Latina, chega ao Rio Grande do Sul na tarde deste sábado (11) para ajudar na operação contra as consequências das enchentes no estado.

 

A embarcação da Marinha chega ao Porto do Rio Grande por volta das 14h. Na sexta (10), o Navio-Patrulha Oceânico Amazonas deve chegar ao porto da mesma cidade, a partir das 14h. Já a Fragata Defensora também está prevista para chegar no sábado, a partir das 15h.

 



 

Os navios trarão a bordo militares que serão encaminhados para as regiões mais afetadas. Esses navios também irão descarregar outras embarcações para resgate de moradores de zonas alagadas.

 

 

O NAM foi construído na década de 1990, na Inglaterra. Embarcação foi incorporada à Marinha do Brasil em 2018, quando recebeu o nome de Porta-Helicópteros Multipropósito "Atlântico". Já em novembro de 2020, foi reclassificada como "Navio-Aeródromo Multipropósito", devido a sua capacidade de operar com aeronaves remotamente pilotadas.

 

O navio de 203 metros de comprimento pode ter uma tripulação de 300 militares. Ele ainda acomoda até 806 fuzileiros navais. Sua velocidade máxima mantida é de 18 nós (33 km/h) e o raio de ação é de 8 mil milhas náuticas (14,8 mil quilômetros).  O convés de voo possui 170 metros de extensão. São 32 metros de largura.

 

A embarcação, que é um porta-helicópteros, tem capacidade para transportar 18 aeronaves de asa rotativa – podendo ter, simultaneamente, até sete aeronaves em seu convés de voo. Este NAM pode utilizar todos os tipos de helicópteros pertencentes aos esquadrões da Marinha.

 

Já no porão de carga, a capacidade é de 40 veículos. Além disso, possui quatro lanchas de desembarque anfíbio.

 

O navio também abriga o segundo maior complexo médico entre todos os navios da Marinha do Brasil. Segundo a Agência Marinha de Notícias, o centro de saúde conta com uma estrutura completa, do raio-x à cirurgia, com UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com dois leitos, sala de trauma, centro cirúrgico, consultórios, laboratório, enfermaria, farmácia completa, entre outros.

 

 

O setor possui ainda acesso ao elevador de aeronaves de ré, permitindo que as ambulâncias cheguem até a parte interna do navio para garantir atendimentos mais ágeis. Sem isso, o protocolo para levar os pacientes ao atendimento demandaria mais tempo de deslocamento.

 

O NAM "Atlântico" ainda tem autonomia para produção de água potável. Para isso, é utilizado um sistema chamado GOR (Grupo de Osmose Reversa).

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