O Ministério Público do Rio Grande do Sul prendeu duas pessoas e autuou 65 estabelecimentos comerciais que estariam se aproveitando da tragédia provocada pelas cheias para cobrar preços abusivos.

 

Uma força tarefa do MP já recebeu 680 denúncias de abusos no estado desde o dia 4 de maio. Foram 315 denúncias e 65 autuações apenas nas cidades de Porto Alegre, Gravataí, Viamão, Cachoeirinha, Canoas e Alvorada -na Região Metropolitana-, informa comunicado do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado.

 



 

Mercados e postos de gasolina foram os principais alvos. "Em um dos postos, dois funcionários foram presos", diz o MP. A força tarefa também fiscalizou farmácias, empresas de caminhão pipa e revendas de gás e água.

 

Em algumas, o galão de 20 litros estava sendo vendido a R$ 80.

 

Ministério Público do RS, em nota

 

As denúncias são feitas pelo email precoabusivo@mprs.mp.br. "O consumidor precisa ter um canal rápido para denunciar quando se depara com um produto comercializado acima do preço, ainda mais nesse momento de crise", diz o promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho.

 

 

Onda de frio no RS

 

Além do abuso de alguns comerciantes, os gaúchos enfrentam uma onda de frio. Metade dos 621 abrigos no estado precisam de cobertores, segundo o Observatório do Desenvolvimento Social. Eles abrigam 49.716 pessoas em 76 cidades.

 

 

Até o momento, 155 pessoas morreram. São 461 municípios e 2,3 milhões de pessoas afetadas diretamente, segundo o governo estadual.

 

Pela manhã, o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), anunciou assistência a animais resgatados. Mais de 12 mil foram retirados de áreas alagadas ou ilhadas.

 

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