Djidja Cardoso com a mãe e irmão -  (crédito: Reprodução redes sociais)

Djidja Cardoso com a mãe e irmão

crédito: Reprodução redes sociais

Cleusimar e Ademar, mãe e irmão da ex-sinhazinha do Boi Garantido Djidja Cardoso, teriam se apresentado na delegacia como Maria e Jesus, disse o advogado, Vilson Gomes Benayon, ao portal Uol neste sábado (1º/6). "A mãe de Djidja se identificou como Maria, mãe de Jesus, e disse que o filho era Jesus, eles não tinham noção. Isso aconteceu logo depois da prisão, entrei na sala e eles falaram isso", informou. 

 

Na última quinta-feira (30/5), o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decretou a prisão dos dois e de três funcionários do salão de beleza Belle Femme, de propriedade da família. Segundo a Justiça amazonense, a prisão preventiva dos familiares e funcionários foi decidida por conta dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e estupro (esse direcionado apenas ao irmão da vítima, Ademar Cardoso).

 

 

A defesa pediu tratamento para os dois. "Nossa principal questão hoje é a abstinência deles. Pedimos o toxicológico e a internação dos dois em uma clínica de reabilitação. Eles foram atendidos na enfermaria do complexo prisional em crise de abstinência", disse. 


Vilson também revelou que grande parte do dinheiro ganho com os salões Belle Femme era usado para a compra de drogas. A família mantinha a seita religiosa "Pai, Mãe, Vida" e é alvo da Operação Mandrágora, da Polícia Civil do Amazonas. Eles são acusados pela polícia de distribuir e estimular o uso recreativo da cetamina, (ou ketamina) é um anestésico e analgésico utilizado geralmente em cirurgias de menor duração.

 

Outros três funcionários da rede de salões também receberam mandados de prisão. Durante as operações nas unidades da rede, foram encontradas centenas de seringas, algumas prontas para serem usadas, e doses da droga. 

 

Djidja Cardoso foi encontrada morta na última terça-feira (28/5) e o caso repercutiu no estado do Amazonas. Ela foi encontrada na casa em que residia em Manaus (AM). A causa do óbito ainda não foi revelada. No entanto, boletim de ocorrência revelado pelo Diário do Pará mostrou que parentes da mulher já haviam denunciado cárcere privado e condições adversas vividas por Djidja em decorrência do abuso de drogas.

 

O Correio tenta contato com o advogado da família para obter mais informações sobre a declaração.