O advogado da mãe e irmão da ex-sinhazinha do Boi Garantido Djidja Cardoso, revelou que grande parte do dinheiro ganho com os salões Belle Femme era usado para a compra de drogas. A família é investigada por tráfico de drogas e associação ao tráfico.
A prisão preventiva dos dois, na quinta-feira (30/5), teria os "salvado da morte", disse o advogado ao jornal O Globo. No entanto, no momento da prisão, Cleusimar e Ademar não foram ouvidos, pois estavam alterados devido ao uso de drogas.
"Pedimos o toxicológico e a internação compulsória dos dois em uma clínica de reabilitação. Eles foram atendidos na enfermaria do complexo prisional em crise de abstinência. Ontem estavam de um jeito, hoje estão de outro. O que eles têm é uma patologia, a prisão os salvou da morte", informou a defesa.
A família mantinha a seita religiosa "Pai, Mãe, Vida" e é alvo da Operação Mandrágora, da Polícia Civil do Amazonas. Eles são acusados pela polícia de distribuir e estimular o uso recreativo da cetamina, (ou ketamina) é um anestésico e analgésico utilizado geralmente em cirurgias de menor duração.
Outros três funcionários da rede de salões também receberam mandados de prisão. Durante as operações nas unidades da rede, foram encontradas centenas de seringas, algumas prontas para serem usadas, e doses da droga.
Djidja Cardoso foi encontrada morta na última terça-feira (28/5) e o caso repercutiu no estado do Amazonas. Ela foi encontrada na casa em que residia em Manaus (AM). A causa do óbito ainda não foi revelada. No entanto, boletim de ocorrência revelado pelo Diário do Pará mostrou que parentes da mulher já haviam denunciado cárcere privado e condições adversas vividas por Djidja em decorrência do abuso de drogas.