A empresária começou no Boi Garantido defendendo o item 7, Sinhazinha da Fazenda, em 2016, e ficou cinco anos representando o mesmo personagem pela agremiação -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)

A empresária começou no Boi Garantido defendendo o item 7, Sinhazinha da Fazenda, em 2016, e ficou cinco anos representando o mesmo personagem pela agremiação

crédito: Reprodução/Redes sociais

Cleusimar e Ademar Cardoso, mãe e irmão da empresária Dilemar Cardoso Carlos da Silva — conhecida como Djidja e ex-sinhazinha do Boi Garantido — estão sofrendo com crises de abstinência por cetamina. Eles estão presos há quatro dias após a ex-sinhazinha ser encontrada morta em Manaus na última terça-feira (28/5). Segundo a advogada da família, Lidiane Roque, mãe e filho são dependentes da substância. A defesa deve entrar com o pedido de internação compulsória para eles. As informações são do g1.

 

"Nesse momento, a nossa prioridade é o bem estar e a saúde mental dos nossos clientes. Então a gente vai tentar de todas as formas interná-los", disse a defesa de Cleusimar e Ademar.

 

 

A mãe e o irmão de Didja foram presos na última quinta-feira (30/5) por suspeita de serem fundadores de uma seita religiosa responsável por fornecer e distribuir a cetamina, além de incentivar e promover o uso da droga de forma recreativa. A substância é um anestésico e analgésico de uso veterinário, geralmente utilizado em cirurgias de menor duração.

 

Na Operação Mandrágora também foram presas Verônica da Costa Seixas e Claudiele Santos da Silva funcionárias do salão de beleza da família da ex-sinhazinha, em Manaus. Segundo a Polícia Civil, elas eram responsáveis por induzir outros colaboradores e pessoas próximas dos familiares a se associarem à seita, onde drogas de uso veterinário eram utilizadas.

 

 

A investigação

 

Segundo o delegado Cícero Túlio, titular do 1° Distrito Integrado de Polícia, os investigados foram interceptados no momento em que tentavam fugir, no bairro Cidade Nova. As investigações iniciaram há aproximadamente 40 dias e foi identificado que o grupo coletava a droga cetamina em clínicas veterinárias e realizava a distribuição do fármaco entre os funcionários da rede de salões de beleza da família Cardoso.

 

 

“Ao longo das investigações, tomamos conhecimento de que Ademar também foi responsável pelo aborto de uma ex-companheira sua, que era obrigada a usar a droga e sofria abuso sexual quando estava fora de si. A partir desse ponto, as diligências se intensificaram e identificamos uma clínica veterinária que fornecia medicamentos altamente perigosos para o grupo da seita”, disse Cícero Túlio.

 

Morte de Djidja

 

A suspeita é que Djidja pode ter sofrido uma overdose devido ao uso indiscriminado da cetamina durante um dos rituais da seita liderada pela família. A Polícia Civil destacou que os fundadores do grupo induziam os seguidores a acreditar que, com a utilização compulsória da substância, eles iriam transcender para outra dimensão e alcançar um "plano superior e a salvação”.

 

 

As investigações sobre a morte da ex-sinhazinha estão sendo conduzidas pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). 

 

O grupo poderá responder por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, colocar em perigo a saúde ou a vida de outrem, falsificação, corrupção, adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, aborto provocado sem consentimento da gestante, estupro de vulnerável, charlatanismo, curandeirismo, sequestro, cárcere privado e constrangimento ilegal.