Júlia Andrade Cathermol Pimenta é a principal suspeita da morte do empresário Luiz Marcelo Antonio Ormond  -  (crédito: Reprodução/X/@DDalertaRio)

Júlia Andrade Cathermol Pimenta é a principal suspeita da morte do empresário Luiz Marcelo Antonio Ormond

crédito: Reprodução/X/@DDalertaRio

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Julia Andrade Cathermol Pimenta, 29, principal suspeita pela morte de Luiz Marcelo Antônio Ormond, 45, estaria tentando uma união estável com a vítima, segundo o delegado Marcos Buss, titular da 25ª DP (Engenho Novo), que investiga o caso. Ela está foragida.

 

A declaração do delegado foi dada ao programa Fantástico, da TV Globo, que foi ao ar neste domingo (2).

 

"Nós temos elementos que a Júlia estava em processo de formalização de uma união estável com a vítima. Mas, em determinado momento, o que nos parece, é que a vítima desistiu da formalização da união. Então isso até robustece a hipótese de homicídio e não de um latrocínio, puro e simples, porque o plano inicial me parecia ser realmente eliminar a vítima depois que essa união estável estivesse formalizada", disse Buss.

 

 

O Fantástico teve acesso ao depoimento de Julia à polícia. Nos vídeos ela diz que Ormond andava muito cansado e estressado e que costumava "apagar" na volta do almoço. Em outro momento, Julia conta que acabou descobrindo que o namorado tinha um perfil fake nas redes sociais.

 

"Aí eu vi que, enquanto eu estava dormindo, ele ficava em bate-papo. Provavelmente procurando p*. Aí eu descobri que tinha um Instagram fake. Aí teve briga. Aí eu falei que eu queria ir embora", disse no depoimento, concedido em 22 de maio, dois dias após o corpo de Ormond ser encontrado. Ela acabou liberada.

 

A reportagem também exibiu vídeos do depoimento de Suyany Breschak, que está presa preventivamente por suspeita de envolvimento no crime. Ela afirma que faz trabalhos de limpeza espiritual e que Julia lhe devia R$ 600 mil.

 

Ao Fantástico, o advogado Cleison Rocha disse que Suyany "trabalha com cartas e búzios" e tinha Julia como cliente, mas não tem qualquer relação com o crime.

 

No depoimento, Suyany diz que Julia teria colocado 60 comprimidos moídos de Dimorf (sulfato de morfina) em um brigadeirão que teria sido dado ao empresário. Para a polícia, a vítima foi morta após consumir esse brigadeirão. Vídeos obtidos pela Polícia Civil mostram Ormond grogue e sonolento no elevador.

 

A polícia já apontava que o empresário havia aberto uma conta bancária conjunta com Julia dias antes da morte. Segundo a investigação, o motivo do crime seria financeiro. De acordo com o delegado, Julia queria furtar os bens de Ormond para vendê-los e quitar a dívida com Suyany.

 

Para pagar a dívida, Julia, de acordo com os investigadores, roubou telefones celulares, computador, duas pistolas e um carro que pertenciam a Ormond. O carro teria quitado R$ 75 mil da dívida.

 

O veículo foi encontrado com um homem que chegou a ser detido por receptação. Ele é ex-namorado de Suyany. O celular e o computador de Ormond também estavam com o homem.

 

Testemunhas disseram à polícia que Ormond e Julia se conheciam há anos, mas que se aproximaram nos últimos dois meses. Em 24 de abril, Ormond chegou a publicar no Facebook que estava casado.