Segundo a FAB, 71 mil pessoas foram resgatadas por via aérea, fluvial e terrestre desde o início da Operação Taquari 2 no Rio Grande do Sul -  (crédito: Marcelo Camargo / Agencia Brasil)

Segundo a FAB, 71 mil pessoas foram resgatadas por via aérea, fluvial e terrestre desde o início da Operação Taquari 2 no Rio Grande do Sul

crédito: Marcelo Camargo / Agencia Brasil

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um bebê de apenas cinco dias de vida foi o primeiro a ser transportado pela FAB (Força Aérea Brasileira) na incubadora Babypod, própria para recém-nascidos com peso de dois a oito quilos.

 

O equipamento utiliza a mesma tecnologia, materiais e recursos de design que protegem os pilotos da Fórmula 1. Tem formato de um cockpit de carro de corrida para resguardar o paciente recém-nascido de impactos.

 

 

O bebê, nascido em Candelária (RS), tinha sintomas de icterícia e precisou ser transferido para São Leopoldo (RS) para tratamento médico em um hospital.

 

As duas cidades, que ficam distantes 200 km, foram atingidas pela enchente histórica no Rio Grande do Sul e tentam se recuperar dos estragos. O bebê foi transportado em uma operação chamada evacuação aeromédica.

 

 

O transporte foi realizado pelo Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação - Esquadrão Falcão e pelo Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação - Esquadrão Puma.

 

O equipamento foi fornecido pela equipe aeromédica da Força Nacional do SUS (Sistema Único de Saúde) para a Operação Taquari 2, que reúne militares para buscas e salvamentos nas cidades atingidas pela enchente.

 

Segundo a FAB, 71 mil pessoas foram resgatadas por vias aérea, fluvial e terrestre desde o início da operação no Rio Grande do Sul.

 

No domingo (2/6), um segundo bebê foi transportado na incubadora Babypod, em ação urgente realizada por meio de parceria com a Marinha. Dessa vez, o recém-nascido de três dias precisou ser levado de Rio Grande para Porto Alegre.

 

A criança nasceu com uma má formação na medula lombossacra, o que provoca pressão no sistema nervoso central. Havia a necessidade de uma neurocirurgia especializada em um centro de alta complexidade de Porto Alegre.

 

 

O transporte foi feito em um avião da Marinha, com equipe médica na FAB junto à tripulação do Segundo Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral.

 

"O nosso acionamento foi próximo do pôr do sol, por isso tivemos que utilizar a capacidade dos óculos de visão noturna para realizar o pouso em Porto Alegre", disse o capitão Douglas Paiva Aguiar, comandante da aeronave.