Mulher foi mordida por uma formiga-bala em uma piscina de bolinhas
 -  (crédito: Flickr / reprodução)

Mulher foi mordida por uma formiga-bala em uma piscina de bolinhas

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Uma brincadeira terminou em uma dor extrema para Aline Ferraz. A moradora de Ourinhos (SP) foi com o filho Joaquim, de 4 anos, em uma piscina de bolinhas de um clube. Mas a diversão acabou quando ela foi picada por um inseto. Na hora, ela não sabia, mas se tratava de uma formiga-bala, a responsável pela picada mais dolorosa do mundo. 

 

O inseto, que tem nome científico Paraponera clavata, é comum em regiões úmidas e tropicais da América Central e do Sul, especialmente em países como Brasil, Bolívia, Peru, Venezuela, Honduras e Costa Rica. Ela possui vários nomes, todos ligados à dor causada pela dor de sua picada. 

 

 

A formiga-bala ocupa o primeiro lugar no chamado “índice de dor Schmidt", uma escala que vai de 0 (sem dor) a 4 (mais dolorosa), segundo o cientista Justin O. Schmidt, que levou as mordidas para classificá-las. O norte-americano definiu a mordida do inseto como “andar sobre brasas com um prego de cinco centímetros cravado no calcanhar". Outras vítimas disseram que a dor se parece com um tiro. 



 

A dor é causada por uma toxina que possui ações paralisantes. Além da dor, a picada também causa retenção de líquidos, edemas, expulsão de sangue com as fezes humanas, e elevação da frequência cardíaca.


 

À Revista Crescer, a mãe contou que tem o hábito de conferir se não há insetos no brinquedo antes de deixar o filho brincar na piscina de bolinhas. No entanto, como é um lugar que tem costume de frequentar, ela confiou que estava tudo bem. 



Ao sentir a dor no pé, ela chamou o marido, achando que tinha levado uma picada de escorpião. Mas o homem conseguiu encontrar parte do inseto e levar a mulher para ser atendida pelo socorrista do clube, que identificou a formiga. 



“Graças a Deus foi em mim e não no meu filho", disse ela à publicação. A dor durou cerca de três dias, sendo que as 12 primeiras foram muito intensas. “Tomei antialérgico, sob orientação do socorrista, e analgésico. Foram três remédios para dor em um período de 4 horas — e não passava. Passei uma pomada no local e coloquei uma meia com bolsinha de gelo, foi assim que consegui dormir. Fui picada por volta das 18h e só consegui dormir às 3h da manhã por conta da dor. No dedo, ficou um furinho, como de uma tachinha. Não ficou muito feio, talvez por ter colocado gelo de imediato", contou.



A dor “irradiou”, se espalhando por outras partes do corpo. "Fica o alerta para mães, pais e cuidadores ficarem sempre atentos — deem uma olhada no brinquedo antes de deixar a criança entrar. Existem outros insetos/bichos que podem ficar escondidos nesses brinquedos, e as reações podem ser perigosas", alertou. Ela também chamou a atenção de proprietários de brinquedos