O Colégio Militar Dom Pedro II (CMDP II), em Brasília, foi acusado de tentar proibir que duas pessoas do mesmo gênero formem par para dançar nas festas juninas da instituição neste ano. A ação foi vista como discriminatória pelos estudantes, que denunciaram a iniciativa à Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF).

 

Em um texto que o alunos tiveram acesso, a escola define a importância das festividades para valorizar a cultura e a tradição. Na parte “atribuições dos coordenadores”, o documento orienta que, em caso de uma desigualdade de gênero em uma turma, seja realizada coreografia solo para apresentação.

 

Em nota, o colégio afirmou que "nunca emitiu nenhuma diretriz discriminatória, pelo fato de que possuímos meio formal para informações à comunidade como a plataforma Escolaweb, e nunca houve nenhum documento com tais orientações".

 



 

Segundo o CMDP II, a informação "não se trata de um documento oficial,  é apenas parte de um planejamento que não foi executado". 

 

Acionada pelo Estado de Minas nesta quinta-feira (6/6), a defensoria informou que "defensores públicos lotados nos Núcleos de Assistência Jurídica de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (NDH) e da Infância e Juventude enviaram recomendação à direção do Colégio Militar Dom Pedro II para que sejam adotadas providências a fim de resolver a situação de forma extrajudicial".

 

 

O núcleo é responsável por lidar com demandas que envolvem qualquer tipo de discriminação.

 

Leia na íntegra o posicionamento do colégio

Surpreendem-nos as notícias sobre uma possível discriminação no Colégio Militar Dom Pedro II, instituição que trabalha para eliminar qualquer discriminação entre seus quase 4.000 alunos.

 

Em relação às atividades culturais mencionadas, o CMDP II realiza eventos com a participação de todos os alunos, pais e colaboradores. Nos dias 8, 14 e 15 de junho, ocorrerá a tradicional "Festa das Regiões", que envolve mais de 12.000 pessoas e celebra a cultura das cinco regiões do Brasil.

 

Ressaltamos que a escolha das danças culturais foi feita pelos próprios alunos, com suporte do CMDP II, garantindo liberdade de escolha dentro dos princípios institucionais. A dança típica do forró, por exemplo, foi uma decisão dos alunos, destacando-se pela formação de pares e valorização da cultura nordestina. Ressaltando que não houve formação completa de pares, tendo em vista que o número de alunos homens foi inferior ao número de alunas mulheres na respectiva série. Uma realidade em que diante da situação as alunas que estavam desacompanhadas desenvolveram o treinamento da dança com outras alunas, sem problema algum. Tudo tendo em vista o escopo cultural e pedagógico do evento.

 

O CMDP II nunca emitiu nenhuma diretriz discriminatória, pelo fato de que possuímos meio formal para informações à comunidade como a plataforma Escolaweb, e nunca houve nenhum documento com tais orientações.

 

Os alunos menores do CMDP II, em desenvolvimento, são protegidos integralmente, respeitando as leis e regulamentos.

 

Destacamos o respeito, a liberdade, a família e a comunidade como valores essenciais. Não há vínculo entre nossas atividades e discriminação de qualquer ordem.

 

 

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