Uma mulher sedada foi estuprada em uma clínica de saúde mental em que estava internada em Camaragibe (PE). O caso aconteceu em 17 de novembro de 2023, mas só agora as imagens do crime – captadas pela câmera de segurança – foram divulgadas. O agressor, que não teve o nome divulgado, trabalhava como vigilante do local na época do abuso. Ele foi demitido dois meses após o crime. 


 

Nas imagens, é possível ver o homem colocando a mão por baixo do lençol que cobria a mulher. Após passar a mão em diversas partes do corpo da vítima, ele deixou o local. Segundo a família, o homem foi indiciado por estupro no início de junho e está foragido. A vítima tem 30 anos e foi internada para tratar um quadro de depressão. 




Ao g1, a advogada da vítima, Maria Eduarda Albuquerque, contou que a mulher estava acordada durante o estupro, mas não conseguiu se mexer. "Ela foi encaminhada para uma ala masculina, porque houve uma admissão e a pessoa que entrou estava muito exaltada. Colocaram nessa outra ala para ela dormir. E o segurança cometeu o crime. Isso foi de uma quinta para sexta e ela ficou desesperada. Tinha tomado medicação, mas estava acordada quando aconteceu", contou.




 

Segundo a advogada, ela disse que fechou os olhos e quis que “aquilo acabasse” logo. A vítima continuou sozinha na sala e só na manhã seguinte a família foi chamada. “Além de ter sido estuprada, ela ficou sozinha lá, pedindo pela família, sem conseguir dormir, com medo desse homem voltar a qualquer momento. E só foi avisado isso na sexta-feira à noite. É uma série de atrocidades nesse caso", disse.



No mesmo dia, a família registrou um boletim de ocorrência e levou a vítima para casa. Porém, seu quadro de saúde mental piorou. De acordo com a advogada, a mulher passou a estranhar o próprio corpo e chegou a tentar suicídio. Ela teve que ser internada novamente, em outra clínica. O local em que foi estuprada, segundo a família, não prestou apoio à paciente. 


"Eles se sentiram totalmente abandonados pela clínica, de dar algum tipo de assistência ou algum valor em dinheiro para respaldar um tratamento. Nada. Inclusive, até falei com um advogado de lá e pedi para que analisasse algum tipo de proposta. (...) A resposta foi 'não' e que a gente tomasse as medidas cabíveis", pontuou. 


O inquérito sobre o caso foi conduzido pela Polícia Civil, que indiciou o vigilante por estupro. Em seguida, o processo  foi encaminhado para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Ao g1, o hospital Reluzir, onde ocorreu o crime, disse que deu apoio à vítima e à família e colaborou com a polícia durante as investigações. 




A clínica ainda informou que só tomou conhecimento da situação na manhã seguinte ao crime e logo acionou a polícia e chamou a família. “O segurança trabalhava no local havia dois meses e cumpria uma jornada de 12 horas por 36, saindo da clínica às 7h”, informou a clínica, acrescentando que o homem foi demitido no mesmo dia do crime. 

 

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