FOLHAPRESS - As Forças Armadas destruíram cinco acampamentos montados por garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, durante operação na sexta-feira (21/6) e no sábado (22/6).

 

A ação foi conjunta com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) e a Polícia Federal (PF) e ocorreu nos garimpos Feijão Queimado e Hakoma. Participaram 12 militares, dois integrantes do instituto e dois agentes da PF.

 

Os acampamentos já estavam esvaziados quando os militares chegaram. Na fuga, os garimpeiros deixaram para trás equipamentos de cozinha, refrigeradores, roupas e tendas grandes.

 

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Segundo os militares, a estrutura dos acampamentos indicava que os espaços eram usados para permanência a longo prazo.

 

Na operação foram destruídos nove motores de barcos e cinco geradores de energia usados pelos garimpeiros nas atividades ilícitas.

 

"A ação faz parte da Operação Catrimani 2, coordenada pelo Ministério da Defesa e realizada em articulação com a Casa de Governo, responsável pela atuação do Governo Federal em Terra Indígena Yanomami", disse o ministério, em nota.

 



 

Operação Catrimani

 

A operação Catrimani foi aberta pela Defesa em janeiro, como desdobramento das ações implementadas pelo governo Lula (PT) em 2023 para combater o garimpo ilegal na TI Yanomami.

 

O objetivo é interromper a logística das atividades garimpeiras e apoiar a Casa de Governo, criada pela gestão petista para atender a população indígena.

 

A primeira fase da operação durou de janeiro a março e enviou 360 toneladas de suprimentos para 236 comunidades indígenas.

 

A segunda fase da Catrimani começou em abril e segue em operação com mais de 800 militares.

 

A atuação das Forças Armadas na proteção da Terra Indígena Yanomami foi criticada no início do ano. O emprego dos militares foi intenso nos primeiros meses de 2023, com o fechamento do espaço aéreo. Milhares de garimpeiros deixaram o território indígena, e a água barrenta dos rios mudou de cor com a redução da extração do minério.

 

O avanço no primeiro semestre do ano passado sofreu revés após os militares esvaziarem seus efetivos no território. O fim do ano marcou a retomada da força da extração ilegal de ouro e cassiterita na região.

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