Maressa Crisley Nunes dos Santos, de 31 anos, está internada em estado grave -  (crédito: Arquivo pessoal)

Maressa Crisley Nunes dos Santos, de 31 anos, está internada em estado grave

crédito: Arquivo pessoal

A brasileira Maressa Crisley Nunes dos Santos está internada em estado grave, após ser espancada durante um assalto seguido de uma tentativa de estupro, em Santiago, no Chile, em 24 de junho. O caso só se tornou público no último dia 30. A mulher chegou a mandar um áudio para a família relatando momentos de terror. 



Maressa estava de férias no Chile desde o dia 10 de junho com uma amiga, que também presenciou o crime, mas teve apenas ferimentos leves. As duas estavam em um apartamento que ambas tinham alugado e decidiram pedir uma refeição por aplicativo. Pouco tempo depois, um homem bateu na porta. Pensando que era o entregador, atenderam o chamado. Foi quando ele anunciou o assalto.



Em um áudio enviado à família e divulgado pelo g1, Maressa relatou momentos de desespero durante o ataque.  “Eu só queria lutar 'contra' a minha vida, porque ele ligou para os amigos dele, e antes de eu pegar a arma, ele soltou, e ligou para os amigos dele e falou: ‘Venham que está muito fácil’”.



A irmã de Maressa, Larissa Nunes, contou ao portal que a mulher reagiu ao assalto e levou várias mordidas. As agressões só pararam quando vizinhos do apartamento escutaram os gritos e chamaram a polícia. No momento, três homens estavam no local e conseguiram fugir. 



A família da mulher de 31 anos, natural de Maringá (PR), tenta transferi-la para o Brasil, mas precisa de recursos para fazê-lo. Maressa sofreu diversas fraturas no rosto e, segundo a família, vai precisar de uma cirurgia de reconstrução facial. Pelas redes sociais, familiares e amigos começaram uma vaquinha para arcar com os custos da transferência para o Brasil e gastos com o tratamento. Até o momento, R$ 27 mil foram arrecadados. 





A família está no país e, logo no primeiro dia, foi furtada. “A gente só quer ir embora e cuidar da Maressa”, pediu Larissa em entrevista à TV Globo. 



 

O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Santiago do Chile, afirmou que acompanha o caso e presta assistência à brasileira. A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou nas redes sociais que está acompanhando o caso e prestou solidariedade à vítima.

 

“Assim que recebemos a denúncia por meio da irmã de Maressa e da conselheira Nacional dos Direitos da Mulher, Evelin Cavalini, já iniciamos os diálogos com o Consulado-Geral do Brasil em Santiago. O governo brasileiro repudia todo e qualquer ato de violência contra as mulheres”, escreveu.