A Polícia Militar do Rio de Janeiro abordou e apontou armas para três filhos de diplomatas negros de 13 e 14 anos durante abordagem em Ipanema. Nas redes sociais, a mãe de um dos meninos apontou racismo na ação, que envolveu adolescentes do Gabão, Burkina Faso, Canadá e outro menor de idade branco.
"As imagens, os testemunhos e o relato das crianças são claros! Não há dúvida! A abordagem foi racial e criminosa. Há anos frequentamos o Rio e nunca presenciei nada parecido no quadradinho de Ipanema com meus filhos. É um lugar aparentemente seguro. Depende pra quem", disse Raiana Rondhon.
A Polícia Civil investiga se houve racismo ou injúria racial na ação dos policiais militares. Em nota enviada ao Correio, a Polícia Militar informou que os policiais envolvidos na ação portavam câmeras corporais e as imagens serão analisadas para constatar se houve algum excesso por parte dos agentes.
"Em todos os cursos de formação, a Secretaria de Estado de Polícia Militar insere nas grades curriculares como prioridade absoluta disciplinas como Direitos Humanos, Ética, Direito Constitucional e Leis Especiais para as praças e oficiais que integram o efetivo da Corporação", disse a corporação.
A PM do Rio fez sua abordagem de sempre contra jovens negros: racista e violenta. Para “azar” dos policiais, os garotos eram filhos de diplomatas estrangeiros. É preciso punição exemplar para policiais que apontam armas para qualquer pessoa, de qualquer origem e nacionalidade,… pic.twitter.com/AiymCALwzF
— Jandira Feghali ???????????? (@jandira_feghali) July 4, 2024
A PM do Rio de Janeiro também destacou que a ouvidoria está à disposição dos cidadãos que se sentirem ofendidos em abordagens. Para a formalização de denúncias, basta entrar em contato pelo telefone (21) 2334-6045 ou e-mail ouvidoriacontroladoria@pmerj.rj.gov.br.
Itamaraty pede desculpas