Biografia de Francisco Assis será lançada em setembro -  (crédito: JORGE ARAUJO/FOLHA IMAGEM)

Biografia de Francisco Assis será lançada em setembro

crédito: JORGE ARAUJO/FOLHA IMAGEM

O assassino em série Francisco Assis, mais conhecido como o Maníaco do Parque, se identificava com figuras femininas e buscava vítimas que fossem compatíveis com essa autoimagem que projetava para si mesmo. Essa característica do criminoso foi descrita em laudos psicológicos feitos na prisão e obtidos pelo jornalista Ulisses Campbell, biógrafo do Maníaco do Parque. 

 

Os conflitos internos foram revelados no teste de Rorschach no qual Francisco foi submetido. As respostas do maníaco às imagens disformes da terapia sugeriram uma confusão relacionada à identidade de gênero e autoimagem do criminoso. De acordo com os laudos, o criminoso idealizava características específicas, como cabelos cacheados, baixa estatura e delicadeza – traços encontrados nas vítimas dele. 

 


O autor da biografia, que será lançada em setembro durante a Bienal do Livro em São Paulo, traz ao público a dissonância entre a identidade de gênero percebida versus a desejada pelo “Maníaco do Parque”, além de incursões pela psiquê do paciente de comportamento criminoso.  Em relato ao O Globo, o jornalista afirmou que os psicólogos forenses definiram, em uma conclusão preliminar, que Francisco não soube lidar com esse desejo oculto e acabou se transformando em um assassino, matando as mulheres que ele achava parecidas com a mulher que ele queria ser.

 

 


 

O Maníaco do Parque

 

Francisco de Assis foi autor de uma série de assassinatos e estupros de mulheres jovens no final da década de 1990. Seus crimes ocorreram principalmente no Parque do Ibirapuera, em São Paulo – por esse motivo ficou conhecido como Maníaco do Parque. 

 

 

Ele seduzia as vítimas se passando por fotógrafo de uma agência de modelos, oferecendo promessas de trabalho. Hoje, ele cumpre uma pena de 268 anos. 


O Teste de Rorschach

 

O teste de Rorschach, também conhecido como teste projetivo, consiste em um conjunto de cartas com imagens de manchas de tinta dobradas sobre si mesmas para se espelharem. O paciente, ao ser exposto às imagens, acaba dando significado às formas aparentemente sem sentido claro. 

 

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Em tese, ao perguntar o que está sendo identificado nas manchas, Francisco Assis poderia estar falando de si mesmo e projetando aspectos da sua própria personalidade.

 

*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa