SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil de Guarulhos, em São Paulo, finalizou o inquérito policial sobre a morte do cão Joca em voo da Gol Linhas Aéreas. Segundo o documento, o animal provavelmente morreu no voo de volta de Fortaleza, no Ceará, para São Paulo.
"A conclusão foi que o animal provavelmente faleceu dentro da aeronave durante o voo de retorno para Guarulhos", afirmou a SSP (Secretaria da Segurança Pública).
O caso foi investigado pela Delegacia de Crimes Contra o Meio Ambiente de Guarulhos. O inquérito, segundo a pasta da segurança, foi relatado à Justiça na última sexta-feira (5/7).
O cão Joca, da raça golden retriever, que morreu em abril quando era transportado pela companhia aérea Gol, sofreu um choque cardiogênico, segundo laudo necroscópico da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (Universidade de São Paulo).
O laudo foi solicitado pelo Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo), da Polícia Civil do estado. "O choque cardiogênico é um distúrbio circulatório associado à redução de rendimento cardíaco, resultado da falência do coração em bombear adequadamente o sangue, podendo ser causado por diversas condições patológicas cardíacas", diz o laudo.
A necropsia foi realizada em 16 de maio e é assinada pela professora Claudia Momo. "Com o laudo, resumidamente, podemos concluir que [a morte] foi por stress e calor", afirmou Marcello Primo Muccio, advogado que representa Fantazzini.
O cachorro morreu no dia 22 de abril após ser embarcado em um voo errado da Gol Linhas Aéreas.
Joca tinha 5 anos e viajaria do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para Sinop, em Mato Grosso, no mesmo voo que seu dono. Por ser um cachorro de grande porte, não pôde ir junto aos assentos da aeronave e precisou ser despachado numa caixa de transporte, viajando no porão da aeronave.
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Ao chegar a Mato Grosso, a Gol relatou o erro ao tutor. O cachorro não havia viajado no mesmo voo e tinha sido enviado para Fortaleza, cidade 2.082 km distante.
Fantazzini recebeu imagens e vídeos do cachorro no Ceará, com água sendo fornecida pelos funcionários da companhia aérea. Como Joca passaria por Guarulhos antes de ser enviado a Sinop, o tutor decidiu voltar para São Paulo para encontrar o animal.
Ao chegar ao aeroporto de Guarulhos, João notou que Joca estava sem sinais vitais. A morte do cão foi constatada por uma veterinária, que na ocasião deu laudo de "parada cardiorrespiratória com causa ainda a ser esclarecida".
A Gol lamentou o ocorrido, atribuiu o desvio de rota do animal a uma falha operacional e disse que foi surpreendida pela morte do cachorro. Também afirmou, na época, que estava oferecendo todo suporte necessário ao tutor. "Entendemos a sua dor e lamentamos profundamente a perda do seu animal de estimação", disse, em nota.
Ainda segundo a companhia, o transporte de animais no porão segue suspenso.