Vitória da Conceição Pereira foi morta em Maricá após consumir milk-shake misturado a chumbinho, segundo a polícia -  (crédito: Instagram/Reprodução)

Vitória da Conceição Pereira foi morta em Maricá após consumir milk-shake misturado a chumbinho, segundo a polícia

crédito: Instagram/Reprodução

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na terça-feira (6/7) Deivid Nascimento Santana, de 30 anos, suspeito de ter matado a ex-namorada, Vitória da Conceição Pereira, de 23, com um milk-shake envenenado, em Maricá, na Região Metropolitana.

 

Vitória estava trabalhando e passou mal no domingo (4) após consumir a bebida. Ela chegou a dar entrada em um hospital, mas morreu no mesmo dia após sofrer uma parada cardiorrespiratória.

 

Segundo investigação da 82ª DP (Maricá), Deivid foi o responsável por misturar chumbinho, um tipo de veneno contra ratos, ao milk-shake de morango e pediu a um conhecido para entregar a bebida para a vítima. A polícia não disse se o suspeito já tem advogado.

 

 

Deivid já era réu por violência doméstica contra Vitória, que no ano passado obteve uma medida protetiva contra o ex-companheiro.

 

Segundo a Justiça, ele invadiu a casa da vítima e a ameaçou com uma faca, e em dezembro a Comarca de Maricá determinou que Deivid estava proibido de se aproximar da casa de Vitória e de ter contato com ela e com familiares.

 

A polícia pediu a prisão preventiva de Deivid sob suspeita de feminicídio, e ele foi encontrado em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro.

 

A investigação aponta que o suspeito teria convencido um empregador a contratar Vitória para uma diária de faxina e, durante o trabalho, ela teria recebido o milk-shake envenenado. Para a polícia, os contratantes não tinham conhecimento do plano do suspeito.

 

 

Primeira norma jurídica no país que criminalizou a violência contra a mulher, a Lei Maria da Penha completa 18 anos nesta quarta-feira (7/8).

 

Ao longo de quase 20 décadas, a legislação resultou em cerca de 2,3 milhões de decisões de medidas protetivas, das quais 69,4% foram favoráveis ao pleito das vítimas de se manterem distantes de seus agressores.

 

Outros 6,6% dos pedidos foram rejeitados, e 13,9%, revogados, de acordo com dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).